Chinaglia diz que não adiará votação de MP dos aposentados

O líder do governo na Câmara afirmou que colocará em votação a medida quando houver sessão com quórum mínimo, e correrá o risco de perder na votação

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que vai correr o risco de perder na votação da medida provisória que fixou o índice de reajuste para as aposentadorias acima de um salário mínimo pagas pela Previdência Social, mas não adiará mais a decisão. Ele afirmou que colocará em votação a MP quando houver sessão com quórum alto de votação, em torno de 450 deputados, o que só deve acontecer na próxima semana, já que o feriado do dia 15 de novembro esvaziou o Congresso. "Vou votar, para ganhar ou para perder", afirmou Chinaglia. O líder governista argumentou que há projetos importantes que precisam ser votados e, para isso, é necessário destrancar a pauta com as medidas provisórias. "Temos outros temas de absoluta relevância para o País, como o Fundeb e a lei geral de micro e pequenas empresas", disse. A votação da MP foi interrompida na terça-feira passada porque o governo não tinha segurança de que derrotaria a oposição na decisão sobre o índice. O governo fixou a proposta em 5,01% de reajuste, mas o PFL apresentou o índice maior de 16,67%. O governo já perdeu nessa votação em junho, quando os deputados e os senadores reajustaram as aposentadorias em 16,67%, o que levou o presidente Lula a vetar o índice. "Vamos para a cabeça", afirmou o líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), demonstrando a disposição de enfrentar a disputa no plenário com a oposição. O petista também argumentou que é necessário destrancar a pauta logo para votar outros projetos, como o que cria o Fundeb e permitir que haja tempo suficiente para regulamentar a emenda constitucional ainda neste ano. A Câmara está realizando sessão, mas não há quórum de, no mínimo, 257 deputados para votar. Há sessão de votação marcada para terça-feira cedo, mas, por causa do feriado, também não deverá haver quórum.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.