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Chinaglia critica proposta de governistas de recriar CPMF

Por Eugênia Lopes
Atualização:

O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), criticou há pouco os parlamentares da base aliada ao governo que têm defendido publicamente a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), com alíquota de 0,20% toda destinada à saúde. "Tem gente falando demais e trabalhando de menos para equacionar a Saúde", afirmou Chinaglia, que está em Brasília para as comemorações dos cem anos da imigração japonesa para o Brasil. A convite do Parlamento japonês, o petista vai ao Japão na próxima semana. Antes, passará pelos Estados Unidos, para cumprir agenda oficial. Chinaglia contou que, logo depois da derrubada da CPMF pelo Senado, se reuniu reservadamente com o presidente do Fórum de Secretários Estaduais de Saúde, deputado Osmar Terra (PMDB-RS), e discutiu com ele soluções para a falta de recursos para o setor. Uma das soluções para crise na saúde, segundo o petista, é a aprovação de projeto de lei complementar que regulamente a chamada Emenda 29, que prevê mais verbas para o setor. "Pretendo retomar a regulamentação da Emenda 29. Há espaço no Congresso para negociação. Agora, se isso for tratado como uma coisa de governo ou de oposição, é a condicionante para a inviabilização da proposta", alertou. "É preciso conduzir esse projeto por um conjunto de deputados e senadores independentemente do governo", completou o presidente da Câmara. Chinaglia afirmou ainda que os cortes que o governo fará em despesas previstas no Orçamento Geral da União não deverão afetar as obras programadas para este ano na Câmara. Parte dos recursos já estava prevista no Orçamento da Casa, e outra vem da venda da folha de pagamento dos servidores da Câmara para o Banco do Brasil. Com esses recursos deverá ser construído um novo anexo da Câmara.

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