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Chinaglia corta hora extra e é apelidado de ''1 para as 7''

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Por Redação
Atualização:

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), recebeu de funcionários da Casa o apelido de "1 para as 7" depois que adotou a regra de encerrar as sessões do plenário antes das 19 horas para não pagar salários extras quando há obstrução e as votações não vão avançar por falta de acordo entre os partidos. Encerrar a sessão antes das 19 horas evita o pagamento de sessão noturna para os funcionários. A irritação dos servidores pode ser medida em um valor: R$ 450 mil é o que a Câmara deixa de gastar por dia em que a sessão é finalizada antes das 19 horas. Desde que assumiu a presidência da Casa, em fevereiro de 2007, foram economizados R$ 22 milhões somente com a adoção desse procedimento, apenas encerrando as sessões minutos antes das 19 horas. Chinaglia, assim que assumiu a presidência da Câmara, acabou com uma prática que, muitas vezes, era feita em cumplicidade entre deputados e funcionários. Mesmo sem votação, deputados ficavam fazendo discursos para que a sessão passasse das 19 horas e, com isso, obrigar a Câmara a pagar horas extras. Não era raro o discurso acabar cinco minutos depois do horário, garantindo assim o pagamento da sessão noturna e permitindo que os funcionários chegassem cedo em casa com suas contas bancárias mais abastecidas no fim do mês. Agora, as sessões só ultrapassam o horário quando realmente há votações que exijam prorrogação do expediente, como ocorre nas quartas-feiras. Para evitar boicotes à sua decisão, já aconteceu de Chinaglia deixar o gabinete da presidência, atravessar o Salão Verde para correr ao plenário e encerrar a sessão em que menos de meia dúzia de deputados estava presente.

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