
22 de setembro de 2007 | 13h06
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT), admitiu,em entrevista neste sábado, 22, interesse em disputar a Prefeitura de São Paulo, caso a ministra do Turismo e ex-prefeita da cidade, Marta Suplicy, não se candidate. "Eu acho que se a pessoa se sentir com compromisso com a cidade (SP) e se sentir capaz, dá vontade. É um desafio tremendo ser prefeito de São Paulo. Se a Marta não for candidata- que é o nome mais forte para SP-, serei uma alternativa e terei imenso prazer em ser prefeito", disse o presidente da Câmara à rádio Eldorado. Ainda sobre candidaturas, Chinaglia diz que se o PT não tiver candidato em 2010 para as eleições presidenciais em em 2010 seria um "erro". "No 3º Congresso Nacional do PT ( realizado no mês passado), eu fui o primeiro a falar e defendi a candidatura. Seria um erro um partido do tamanho do PT sem candidato próprio em 2010". Chinaglia comentou também a discussão sobre a prorrogação da CPMF, aprovada em primeiro turno na Câmara e que causa polêmica no Congresso Nacional. Para ele, é possível, sim , governar sem o tributo, ao contrário da declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Quando Lula diz que não dá pra governar sem os R$39 bilhões (arrecadação), é claro que dá, desde que consideremos que esse dinheiro vá fazer falta em alguma área. Lula faz avaliação que para se manter os programas atuais, não daria pra governar (sem o tributo). Chinaglia disse ainda que a defende redução da alíquota, mas não a extinção da CPMF. Caso Renan Sobre o escândalo envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Chinaglia disse que "cada um é responsável pelo que faz" e que prefere acreditar que nunca viveria uma situação dessas, de ser pressionado a se afastar do cargo até que as investigações sejam concluídas. "É claro que quando o presidente do Senado é atingido, acaba atingindo o Congresso inteiro. Isso é extremamente grave, não quero avaliar como é que eu ficaria, prefiro acreditar que não entraria nessa situação nunca (polêmica do afastamento)". Renan é alvo de três processos no Conselho de Ética do Senado, acusado de beneficiar uma cervejaria, ser dono oculto de duas rádios em Alagoas e participar de suposto esquema de propina envolvendo membros do PMDB. No dia 12, Renan escapou da cassação do seu mandato após votação no Senado, por 40 votos a favor, 35 contra e 6 abstenções. Ele era acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista da construtora Mendes Junior.
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