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Chalita minimiza influência do apoio religioso

Por Daiene Cardoso
Atualização:

O candidato do PMDB a prefeito de São Paulo, Gabriel Chalita, minimizou neste domingo a corrida dos candidatos em busca de apoio de líderes religiosos na eleição municipal. Para o peemedebista, é legítimo que seus adversários procurem o apoio de padres e pastores e a adesão desses líderes a uma candidatura deve se dar por afinidade política e religiosa, mas isso não se traduzirá necessariamente em voto. "(Essa busca por apoio de religiosos) ajuda porque a igreja tem líderes. Quando os líderes se convencem do melhor candidato, eles podem influenciar, podem orientar, mas não acredito mais em voto de cabresto. Acho que, se o líder vai para um lado e as pessoas percebem que este lado não é o melhor para a cidade, elas escolhem o que acham que há de melhor", disse Chalita.O candidato participou no início da noite deste domingo de uma missa na Paróquia Nossa Senhora Achiropita, na Bela Vista, região central de São Paulo. A missa faz parte da quarta noite da tradicional festa da Achiropita, uma das mais populares da capital.Para o peemedebista, a tendência é de que os líderes religiosos recebam todos os candidatos, mas a decisão de apoiar um ou outro só se dará a partir de uma convergência ideológica. "Acaba pesando se os candidatos têm relação de valores", afirmou. "Acho que é legítimo que os líderes religiosos façam suas opções."O candidato destacou ainda que, apesar de ter uma relação próxima com segmentos da Igreja Católica, ele também tem o apoio da Assembleia de Deus. Segundo Chalita, esse apoio se dá porque sua candidatura defende "o cuidado" com o cidadão, uma bandeira desse segmento evangélico.Assim como o candidato do PRB, Celso Russomanno, Chalita defendeu a regularização dos templos religiosos na cidade. O candidato comparou a situação desses templos com a de estabelecimentos comerciais irregulares em São Paulo."A prefeitura não pode ser alguém que sai fechando shopping, templo, comércio. Isso vale para tudo", disse. "Daqui a pouco a gente tem cemitérios de shopping. A minha linha é organizar, não perseguir ou fechar."

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