CGU demite acusado de favorecer a Gautama

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Por Sônia Filgueiras
Atualização:

A Controladoria-Geral da União (CGU) demitiu hoje, sob a acusação de improbidade administrativa, o ex-superintendente Nacional de Repasses e Produtos da Caixa Econômica (CEF), Flávio José Pin, preso em 2007 durante a Operação Navalha. Em inquérito da Polícia Federal, Pin foi citado por supostamente favorecer a empreiteira Gautama na avaliação de projetos que envolviam obras tocadas pela construtora. Também foi demitido por prática de improbidade o ex-coordenador de projetos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), Edilberto Petry, cujo nome chegou a ser citado durante investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, que apurou no esquema do mensalão. A CGU demitiu, ainda, o engenheiro Eldon Arrais de Lavor, ex-coordenador substituto do Departamento de Obras contra as Secas (Dnocs) em Pernambuco, acusado de enriquecimento ilícito. Segundo as investigações, Lavor comprou 27 apartamentos em Recife e Olinda não declarados ao fisco e realizou movimentações financeiras cinco vezes superiores aos seus rendimentos oficiais, de aproximadamente R$ 3,8 mil mensais. Segundo a CGU, ele não conseguiu explicar convincentemente depósitos de R$ 150 mil em espécie em sua conta bancária em 2001. O advogado de Flávio Pin, Adelino Tucunduva, afirma que a decisão da CGU é uma "truculência jurídica" contra a qual recorrerá. "Os depósitos não têm qualquer relação com o caso. Têm origem em tratativas familiares. Flávio Pin não praticou qualquer irregularidade", afirma o advogado. Já o defensor de Petry, Ayrton Nóbrega, diz que houve truculência por parte da CGU. O Estado não conseguiu encontrar o advogado de Eldon Arrais de Lavor.

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