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CGU conclui que contrato entre DF e Gautama é irregular

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Por Ligia Formenti
Atualização:

Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou irregularidades na execução do contrato firmado entre a Construtora Gautama e o governo do Distrito Federal para construção de 26 barragens na Bacia do Rio Preto no DF. Diante dos resultados, a CGU recomendou que o governo do DF devolva ao governo federal R$ 1,570 milhão. Este é o primeiro resultado de fiscalização sobre contratos feitos entre a administração pública e a empreiteira, investigada durante a Operação Navalha, da Polícia Federal, e declarada inidônea pela CGU no fim de julho. O corregedor-geral do Distrito Federal, Roberto Giffone, afirmou que aguarda o recebimento do relatório da CGU para verificar quais autoridades estão envolvidas. Com base na lista, a corregedoria vai buscar cobrar dos responsáveis o ressarcimento. "Não há possibilidade de o governo do DF ser responsabilizado diretamente", afirmou. Giffone disse que uma avaliação está sendo realizada também para verificar o quanto o governo do Distrito Federal perdeu com a transação. A conta do prejuízo também será cobrada das autoridades envolvidas. "O mais importante é que todo prejuízo não fique sem ressarcimento, seja para o governo federal, seja para o governo do Distrito Federal", completou. O contrato entre o governo do DF e a Gautama foi firmado em 2000, no valor de R$ 145 milhões. A auditoria concluiu que a Gautama subcontratou, de forma irregular, outras empreiteiras para fazer as barragens. A Gautama nega as irregularidades. A transação foi bastante lucrativa para a Gautama, que, na prática, atuou como mera intermediária. Pelas contas dos auditores do CGU, o governo do DF pagou R$ 1,57 milhão à empreiteira para preparação de projeto executivo, levantamento topográfico, estudo de impacto ambiental e serviços de sondagem. O valor é 96,5% maior do que a empresa pagou para as empresas subcontratadas: R$ 798.684,00.

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