28 de janeiro de 2012 | 09h01
De acordo com denúncia encaminhada ao órgão em 2009, os adesivos que identificam os carros da estatal eram retirados nos fins de semana para que servissem a campanhas na região. Os auditores cobraram investigação interna da Codevasf.
Em 2010, a CGU registrou que a companhia "não apresentou dados que comprovassem a realização de levantamento na forma acordada" pela superintendência de Petrolina. E solicitou que a auditoria interna da estatal incluísse o caso em sua programação anual de fiscalizações. Em documento de 2011, a investigação ainda constava como pendente.
Subordinada à Integração, a Codevasf foi presidida, até o último dia 12, pelo irmão de Bezerra Coelho, Clementino Coelho. Ele foi exonerado após a revelação, pelo jornal O Estado de S. Paulo, de que a pasta vinha favorecendo Pernambuco com verbas antienchente e de que parentes do ministro foram agraciados com cargos públicos.
Finalmente, em novembro de 2011, a Codevasf enviou ofício CGU explicando que, "em análise das requisições de viagens de sua frota e em verificação in loco, não restou constatado nenhum indício da prática".
Somente a estatal ligada aos Bezerra apurou o caso. Apesar dos indícios de crime eleitoral, a CGU não enviou a íntegra da denúncia ao Ministério Público para abertura de investigação. A Procuradoria da República em Petrolina informou que nenhum procedimento foi aberto.
Em nota, a Codevasf disse que as apurações foram feitas entre junho e julho de 2011 e que a irregularidade não foi constatada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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