28 de janeiro de 2013 | 09h17
"Quando fazemos a fiscalização, procuramos verificar qual é o grau da irregularidade", diz Hage. Na avaliação dele, porém, desvios para enriquecimento ilícito são os mais comuns.
"A CGU verifica se o dinheiro foi desviado em benefício próprio do agente público. De 2003 para cá já demitimos mais de 4 mil servidores públicos que se envolveram em irregularidades", informa. "Quando os prefeitos estão envolvidos em irregularidades, abrimos uma Tomada de Contas Especial, que detalha quem são os responsáveis e quantifica os prejuízos. Eles então são acionados administrativamente para fazer o ressarcimento aos cofres públicos do que desviaram. Quando não devolvem o dinheiro, a CGU pede a abertura de processo no Tribunal de Contas, onde têm a chance da defesa. Terminada a instância administrativa, a Advocacia da União é acionada para a execução judicial", diz o ministro.
Para Adalberto Fulgêncio, diretor do Departamento Nacional de Auditorias do Sistema Único de Saúde (SUS), do Ministério da Saúde, o cerco às fraudes tem crescido e tornado o desvio de dinheiro mais difícil. "Temos a imprensa, o Ministério Público, a Polícia Federal, e os tribunais de contas. Desviar dinheiro não é fácil."
Transparência
No encontro dos prefeitos, a CGU vai oferecer ajuda aos municípios para que eles possam também aderir à Lei de Acesso à Informação. "Vamos dar a eles o suporte técnico", afirmou o ministro. A CGU vai oferecer aos prefeitos cursos, capacitação de pessoal, material técnico, guias e cartilhas. "Na administração federal a Lei de Acesso à Informação pode ser considerada um sucesso. Mas ainda não há nada nos municípios", afirma Hage. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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