Cesar Maia classifica PAC como ´pífio´ para crescimento

Prefeito do Rio comparou a suposta ineficácia do novo programa com os resultados obtidos pelo chamado pacote 51, adotado pelo governo Fernando Henrique

Por Agencia Estado
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O prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), ironizou nesta terça-feira, em seu boletim eletrônico, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), divulgado na segunda-feira pelo governo Lula. "Fica difícil na história dos planos econômicos, incluindo o pacote 51, de dezembro de 1997, encontrar alguma coisa tão pífia para o crescimento econômico quanto esse PAC", disse o prefeito. "É melhor inverter as letras e chamá-lo de PCA - ou Plano do Conselheiro Acácio - aquele que só falava obviedades". Maia se referiu ao personagem do romance O Primo Basílio, de Eça de Queiroz. O prefeito do Rio comparou a suposta ineficácia do novo programa com os resultados obtidos pelo chamado pacote 51, adotado pelo governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), logo após a crise asiática. O conjunto previa 51 medidas de ajuste macroeconômico, sendo a maioria delas de cunho fiscal. Na ocasião, no entanto, foram executadas apenas as medidas que previam a elevação de receitas, as que pretendiam conter as despesas fracassaram. Ainda em relação ao PAC, Maia disse que o programa propôs medidas de redução de impostos em setores inexistentes, como, segundo ele, o da TV Digital. Além disso, o prefeito disse que o plano inclui propostas já anunciadas. "Essa gente não lê jornal", alfinetou.

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