Certeza de vitória de Temer esvazia manifestação na Paulista

Maioria dos manifestantes era ligada ao MTST e à CUT; ato não contou com presença de partidos

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Por Ricardo Galhardo
Atualização:

A certeza de que a Câmara dos Deputados rejeitaria o pedido de investigação contra o presidente Michel Temer esvaziou a manifestação pelo afastamento do peemedebista convocada por movimentos sociais, nesta quarta-feira, 25, na Avenida Paulista.

++ AO VIVO: Veja como votam os deputados

A Secretaria de Segurança Pública não fez estimativa de público mas policiais que trabalharam na segurança do ato calcularam extraoficialmente que o número de participantes não chegou a 2 mil pessoas. Os organizadores estimaram 4 mil pessoas.

Protesto 'Fora, Temer' na Avenida Paulista em 25 de outubro Foto: Ricardo Galhardo

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“Hoje é um jogo de cartas marcadas. Já tem um acordão, votos comprados, mas não dava para deixar passar em branco”, justificou o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos. “O Congresso vota contra 97% da população. É um abismo enorme entre Brasília e o restante do Brasil”, completou.

A grande maioria dos manifestantes era ligada ao MTST e à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Eles acompanharam a votação em silêncio por meio de duas Tvs instaladas na frente do prédio que abriga o escritório da Presidência da República em São Paulo, na esquina da Paulista com a rua Augusta.

Alguns poucos manifestantes que não eram ligados a movimentos ou partidos políticos carregavam cartazes pedindo “Fora Temer”, eleições gerais, contra as reformas trabalhista, da previdência e em defesa da floresta amazônica.

“A gente sabe que issonão vai dar em nada mas é nosso dever ir para a rua denunciar o que está acontecendo com a democracia”, disse a produtora Cássia de Almeida.

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Alguns participantes do protesto reclamaram da ausência de partidos políticos no ato. “Cadê o PT? Cadê o PSOL? Parece que a oposição já se deu por vencida ou está calculando que é melhor deixar o Temer sangrando para tirar proveito eleitoral deste governo pífio”, disse o artista plástico Rodolfo Prado.

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