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Central sindical uruguaia convoca mobilização em frente à embaixada do Brasil

O grupo definiu as bases para a criação de um comitê em defesa da democracia no Brasil, para o qual também convocou "todas as organizações sociais e políticas" que queiram integrá-lo

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Por Redação
Atualização:

MONTEVIDÉU - A principal central sindical do Uruguai, a PIT-CNT, propôs nesta sexta-feira, 6, a todas as organizações que a integram uma "terrível mobilização" em frente à embaixada do Brasil no Uruguai, como sinal de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Homem exibe cartaz durante uma conferência de defesa da democracia no Brasil e em solidariedade ao ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, em Montevidéu, nesta sexta-feira, 6. Foto: Alejandro Prieto/EFE

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Além disso, a central definiu nesta sexta-feira as bases para a criação de um comitê em defesa da democracia no Brasil, para o qual também convocou "todas as organizações sociais e políticas" que queiram integrá-lo.

O secretário-geral da PIT-CNT, Marcelo Abdallah, foi o encarregado de anunciar estas duas medidas em reunião aberta à imprensa realizada pela central operária na sua sede de Montevidéu.

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As expressões de apoio para o ex-presidente Lula estiveram presentes ao longo de todo o encontro, com cartazes em alusão à sua liberdade, assim como mensagens de apoio por parte dos oradores.

A vice-presidente uruguaia, Lucía Topolansky, participou do evento e, entre lágrimas e com a voz cortada, afirmou: "Nós presumimos que Lula é inocente. Se as presunções valem para um lado, podem valer para o outro".

A vice-presidente do Uruguai, Lucía Topolansky, durante uma conferência de defesa da democracia no Brasil e em solidariedade ao ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, em Montevidéu, nesta sexta-feira, 6. Foto: Alejandro Prieto/EFE

Topolansky considerou que o ex-presidente brasileiro está sendo condenado "por presunção" e assegurou que o que está em jogo no país é a democracia, assim como as demais da América Latina.

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A esposa do ex-presidente José Mujica afirmou que "estão fechando a passagem à presidência de Lula" e se perguntou se o PT poderia assumir o governo se vencesse as eleições mesmo sem o ex-presidente.

Consultada pela imprensa, Topolansky disse que é o seu dever, como militante política, fazer-se essa e outras perguntas.

"Se o candidato que vinha subindo nas pesquisas, que podia chegar em outubro às eleições e ganhar no primeiro turno, é tirado do páreo, mas o seu partido ganha... Essa pergunta eu tenho que fazer", argumentou. /EFE