Centrais pedem ao Senado que mantenha lei do imposto sindical

Câmara derrubou na semana passada a obrigatoriedade da contribuição sindical e projeto agora vai ao Senado

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Por Ana Paula Scinocca
Atualização:

Acompanhado do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, dirigentes das principais centrais sindicais do País pediram nesta quarta-feira, 24, ao presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), apoio para que seja restaurada no Senado a obrigatoriedade da contribuição sindical, derrubada na Câmara na semana passada. "Sempre estive ao lado dos movimentos sindicais. Não é agora que vou faltar", afirmou Viana, segundo relato dos participantes.   A expectativa, segundo os sindicalistas, é que a matéria seja votada no plenário do Senado até o dia 15 do próximo mês. A contar desta quarta, o projeto tem 44 dias para ser apreciado nas comissões antes de ser levado à votação. A proposta vai tramitar em duas comissões antes de chegar ao plenário: na Comissão de Assuntos Sociais e na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O texto deverá ser relatado pelo senador Paulo Paim (PT-RS) na primeira comissão e por Marco Maciel (DEM-PE) na CCJ.   "Nosso objetivo é agilizar, no Senado, a votação de um projeto que, na Câmara, recebeu duas emendas que não eram parte do acordo entre as centrais sindicais. Nós estamos solicitando aos senadores que suprimam essas emendas, até porque não é justiça a gente ter uma parte só da arrecadação punida. Só parte dos sindicatos de trabalhadores é que se retiraram os impostos. Da parte patronal, não", afirmou Lupi.   Presidente da Força Sindical e líder do PDT, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, afirmou que a derrubada do imposto sindical na Câmara foi "um golpe dado na calada da noite". "As pessoas nem sabiam o que estavam votando. No Senado nós vamos trabalhar intensamente explicando a todos os líderes a importância da restauração do imposto", afirmou nesta quarta à Agência Estado.

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