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Cemig não fará racionamento sem regras fixadas

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador de Minas Gerais, Itamar Franco (PMDB), afirmou hoje que a Companhia Energética do Estado (Cemig) continuará não aplicando as medidas propostas pelo plano de racionamento por entender que as regras não estão totalmente fixadas e que a todo momento existe mudança nas medidas provisórias que regem o programa. Itamar Franco reiterou que o atraso na aplicação das medidas do plano de racionamento se devem ao fato de que o governo federal ainda não fixou quais medidas deverão ser tomadas. "Enquanto o governo não fixar o que deseja e o que pretende, não podemos fazer nada", afirmou. Da mesma forma, disse o governador mineiro, está suspenso o ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contra o programa de racionamento, que foi aventada na semana passada. "Não sei se amanhã eu vou precisar mudar essa Adin", disse Itamar. O governador disse que a Cemig deverá apresentar na segunda ou terça-feira da próxima semana um panorama do sistema energético brasileiro, mostrando três cenários: otimista, pessimista e realista. De acordo com o governador, a proposta da estatal mineira irá demonstrar "que não estamos apenas criticando que houve imprevidência do governo federal. Mas como encaramos o que deve acontecer e o que queremos com o sistema energético futuro no Brasil". Itamar disse ainda que as propostas deverão englobar o panorama de 2002 a 2004 quanto à energia nuclear, hidrelétrica, termoelétrica, compras de energia e sistemas de transmissão. "O governo mineiro deixa de criticar e mostra o que pode fazer como proposta para o Brasil", disse. O diretor de distribuição e comercialização da empresa, Aluizio Vasconcelos, apresentou um vídeo de publicidade da Cemig veiculado em outubro do ano passado, no qual há um alerta para o risco de falta de energia e desperdício. A Cemig recebeu hoje licença do Ibama para o desmatamento na área da Usina de Aimorés, no rio Doce (região Leste do Estado de Minas). A usina terá capacidade para 330 megawatts, demandará investimentos de R$ 350 milhões e deverá estar concluída em um prazo de 30 meses. De acordo com Itamar, há um consórcio formado por Cemig (49%) e Vale do Rio Doce (51%). De acordo com ele, ainda esta semana será emitida uma ordem de serviço para o início das obras.

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