O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou neste sábado, 31, que espera que o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, visite o Brasil "o mais rápido possível". Segundo ele, as relações entre os dois países são "excelentes". Veja também: Berlusconi ameniza tom, mas vai insistir em extradição Em meio a caso Battisti, Itália quer cancelar amistoso com Brasil TV Estadão: Ideologia não influenciou concessão de refúgio, diz Tarso Documento: Processo do Ministério Público que defere extradição de Battisti Leia tudo o que já foi publicado sobre o caso e entenda o processo Entenda a polêmica do caso Battisti Em Davos, na Suíça, Amorim foi cercado pela imprensa italiana e bombardeado de perguntas sobre o caso Cesare Battisti. No entanto, ele não quis fazer declarações sobre o assunto alegando que o governo Luiz Inácio Lula da Silva já havia se pronunciado e o caso está agora no Supremo Tribunal Federal (STF). "Nós também somos uma democracia", disse. A decisão do governo brasileiro de conceder refúgio político ao ex-ativista italiano criou problemas diplomáticos entre os dois países. A Itália quer a extradição de Battisti, condenado à prisão perpétua por quatro homicídios na década de 1970. O embaixador italiano foi chamado de volta a Roma "para consultas". Além disso, a visita de Berlusconi ao País e o amistoso entre as duas seleções marcado para fevereiro, em Londres, chegaram a ficar ameaçados. "Eu sou fã de futebol, mas não vou ao jogo, porque tenho outras coisas para fazer", afirmou Amorim.