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Ceará testa asfalto com borracha de pneu velho

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Universidade Federal do Ceará (UFC), a Petrobras e sua subsidiária BR Distribuidora executaram, em conjunto com órgãos rodoviários do Ceará, o revestimento de duas pistas experimentais com a tecnologia asfalto-borracha, inédita nas regiões Norte e Nordeste. Além da melhor qualidade, a nova tecnologia permite a reciclagem de pneus. "Há 900 milhões de pneus inservíveis no país, que representam um enorme passivo ambiental e podem, por exemplo, servir de foco para a proliferação do mosquito da dengue. Além disso, a nova mistura melhora a qualidade do produto, pois, com o asfalto-borracha, o revestimento se torna mais elástico e resistente, reduz o ruído do tráfego e também apresenta maior resistência ao envelhecimento", diz Jorge Soares, coordenador da Rede e professor do Departamento de Engenharia de Transportes da UFC. Essas obras são resultado dos estudos da Rede Cooperativa de Pesquisa em Asfalto do Norte e Nordeste. A Rede, que tem financiamento de cerca de R$ 1 milhão da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), investiu R$ 113 mil nesse projeto. Os recursos são provenientes do Fundo Setorial do Petróleo e Gás Natural, o CT-Petro - metade já foi liberada. Os dois trechos, executados no mês passado, têm 250 metros cada. Um deles está na Avenida Abolição, em Fortaleza, sob responsabilidade da prefeitura municipal. O outro está na rodovia estadual CE-350, na Grande Fortaleza, que liga Itaitinga e Pacatuba, sob responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem e Transportes. "O revestimento convencional sobre o qual trafegamos é feito de uma mistura de asfalto e outros agregados, como brita, areia e um material de enchimento que pode ser cal ou cimento portland, por exemplo. Já no asfalto-borracha mistura-se o asfalto com a borracha de pneu moído, além dos agregados", explica Soares. Responsável pela iniciativa, a Rede visa fortalecer as pesquisas em asfalto, desenvolver tecnologias e produtos e transferi-los para a cadeia produtiva que envolve universidades, órgãos rodoviários, distribuidores de asfalto, fábricas de emulsão, empresas de engenharia e a Petrobras. A Rede busca inserir outras instituições nas atividades desenvolvidas pelo Laboratório de Mecânica dos Pavimentos da UFC e já conta com oito universidades: as federais do Amazonas (Ufam), do Rio Grande do Norte (UFRN), de C ampina Grande (UFCG), de Pernambuco (UFPE), da Bahia (UFBA), Estadual do Maranhão (Ueme), Universidade Salvador, além da própria UFC. As informações são da Agência Brasil.

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