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Castelo de Areia: doleiro e suposto laranja são presos

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Por Gustavo Uribe
Atualização:

Um doleiro e um suposto laranja, acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) de fazerem parte de esquema de envio ilegal de remessas ao exterior investigado pela Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, foram presos hoje em regime preventivo. Jair Fernandes de Almeida e seu suposto laranja, Raimundo Antônio de Oliveira, foram detidos pela Polícia Federal (PF) por determinação do juiz Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo. A Castelo de Areia investiga suposto esquema de crimes financeiros e doações ilegais a agremiações políticas. A prisão preventiva foi decretada após o MPF entregar ontem denúncia de que o suposto laranja tentou sacar R$ 370 mil da conta da Admaster, empresa controlada por Almeida que teria sido criada para simular remessas ao exterior de diretores da Camargo Corrêa investigados pela Castelo de Areia. Desde o último dia 5, a Justiça determinou o bloqueio e sequestro de valores e aplicações financeiras de Oliveira, Almeida e da Admaster.O MPF pediu a prisão preventiva sob a alegação de que, mesmo após a deflagração da Castelo de Areia, Almeida e Oliveira tentaram ocultar da Justiça valores que podem ser objeto de operações financeiras ilegais entre a empresa do doleiro e diretores da Camargo Corrêa investigados. Os dois foram denunciados pelo MPF por crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.De acordo com investigação da PF, a Admaster seria uma empresa de fachada, não havendo indícios de atividades empresariais no endereço onde deveria operar. A PF ainda aponta que Oliveira possui modesta condição de vida, o que reforça a tese de que ele agiria como laranja de Almeida. Nas investigações da Castelo de Areia, a PF divulgou que a Admaster integrou o principal esquema de evasão, câmbio ilegal e lavagem desvendado pela operação. Procurada pela reportagem, a defesa de Almeida e de Oliveira informou que entrará com pedido de habeas corpus na Justiça.

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