Caso Renan será julgado pelo plenário na terça-feira

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Por Redação
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Será na próxima terça-feira o julgamento pelo plenário do pedido de cassação do presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O anúncio foi feito pelo presidente interino, Tião Viana (PT-AC), após a CCJ ter aprovado a constitucionalidade do parecer que recomenda a perda de mandato por quebra de decoro parlamentar. "Se tem uma pessoa interessada em acabar logo com isso, é Renan", disse Tião Viana a jornalistas. O relatório apresentado pelo senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) foi aprovado nesta quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça por 17 votos e três contra. "Não tenho dúvidas que o senador Renan cometeu crime de quebra de decoro e deve perder o mandato, por tudo que consta no relatório aprovado no Conselho de Ética e por outros motivos de convicção pessoal", afirmou Virgílio. O tucano avaliou que o texto do senador Jefferson Péres (PDT-AM), que recomenda a cassação de Renan por quebra de decoro e foi aprovado no Conselho de Ética do Senado há 14 dias, não tem quaisquer vícios de legalidade e atende aos pressupostos constitucionais. Para o senador Almeida Lima (PMDB-SE), aliado de Renan, "indício não é prova, o que se cometeu aqui foi uma irregularidade". Neste processo, Renan é acusado de ter usado "laranjas" para a compra de veículos de comunicação em Alagoas. Eles serviriam para esconder a participação do senador na mídia. O Código de Ética e Decoro Parlamentar proíbe parlamentares de possuírem veículos de comunicação. Se tiver o mandato cassado, Renan ficará inelegível até 2019. Ele já foi absolvido, em setembro, da acusação de pagar pensão com recursos de um lobista, e ainda se livrou, no conselho, de representação sobre favorecimento a uma cervejaria. Há outras duas representações contra ele em tramitação.

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