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Caso Renan: relatores dão prazos variados de pareceres

Por Ana Paula Scinocca
Atualização:

Os relatores dos três processos em curso no Conselho de Ética do Senado contra o presidente da Casa, Renan Calheiros, apresentaram hoje prazos diferentes para a conclusão de seus pareceres. Na semana passada, para pressionar Renan a deixar o comando do Senado, a oposição exigiu que todos os processos contra o senador fossem concluídos no Conselho até 2 de novembro. Aliado de Renan até o afastamento do peemedebista da presidência do Senado na quinta-feira, o senador Almeida Lima (PMDB-SE), não quis se comprometer com prazo para a conclusão de seu parecer. Ele é o relator da quarta representação - a que investiga suposta coleta de propina em ministérios chefiados pelo PMDB. "Prazo regimental eu aceito, o que não aceito é imposição. Recebi apenas ontem o processo. Os trabalhos podem durar um ano ou mais, e daí? Não posso dar garantia de que vou acabar em oito dias, 15 dias ou um ano", afirmou. Relator do processo que trata da suposta compra de duas rádios e um jornal por meio de laranjas, o senador Jefferson Peres (PDT-AM), informou que concluirá o relatório até 15 de novembro. Até lá, disse o pedetista, vai analisar a defesa prévia apresentada por Renan e tentar ouvir a principal testemunha do caso, o usineiro e ex-deputado João Lyra. Já o petista João Pedro (AM), relator da segunda representação contra Renan - a que trata de suposto favorecimento da cervejaria Schincariol junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e à Receita Federal -, confirmou para o próximo dia 5 a conclusão de seu parecer. Ele afirmou que já solicitou à Polícia Federal uma cópia do inquérito da Operação Cevada, que investigou ações de sonegação de impostos e empresas, incluindo a Schincariol.

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