
17 de junho de 2011 | 11h29
Favieri, acusado de participar de um suposto desvio de R$ 30 milhões do governo de Mato Grosso do Sul, é dono da Rentalcine, a empresa que venceu a licitação na Assembleia, em setembro do ano passado. O Legislativo paulista vai pagar à empresa R$ 7,6 milhões pelo trabalho. "Se a encrenca extrapola Campinas e está dentro da Assembleia, eu seria no mínimo omisso se não fizesse nada", afirmou Olímpio. "Me causou surpresa esse empresário estar prestando serviços à Casa e ser objeto de outras investigações."
O deputado pretende averiguar quais são as empresas que participaram, quem são seus donos, se o preço pago está dentro do preço de mercado e como funcionou o processo de licitação. Sob condição de anonimato, três funcionários da Assembleia disseram à reportagem desconfiar de que a licitação tenha sido um jogo de cartas marcadas.
Outro lado
O Departamento de Comunicação da Assembleia Legislativa, responsável pela licitação, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo, em nota, que "a licitação e a contratação cumpriram todos os requisitos e exigências legais". Segundo a Casa, o preço pago à empresa pela digitalização do acervo está abaixo do preço de mercado. "O pregoeiro solicitou pesquisa de mercado, em que quatro empresas apresentaram orçamentos cujo valor médio apontado foi de R$ 9,3 milhões. O total do contrato (com a Rentalcine) é de até R$ 7,6 milhões." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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