PUBLICIDADE

Casamento revela inimizade entre Mello e Jobim

Por Agencia Estado
Atualização:

A velada inimizade entre os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Nelson Jobim, ficou mais aparente nesta terça-feira. Jobim casou-se à noite com Adrienne Senna, presidente do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf), mas não convidou Marco Aurélio para a cerimônia realizada no apartamento ocupado pelo casal. O casamento selou um relacionamento iniciado na época em que Jobim era ministro da Justiça. Ex-patrão do presidente do TSE, Fernando Henrique Cardoso foi convidado e esteve no casamento. Apesar de ter sido divulgado que a cerimônia seria ?apenas para íntimos?, vários políticos foram vistos entrando no prédio onde residem Jobim e Adrienne, dentre os quais o ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, e os ministros da Educação, Paulo Renato Souza, e da Saúde, José Serra, que dividiu um apartamento com Jobim na época em que o ex-político se separou da primeira mulher. Também foram vistos ministros de tribunais, como a única integrante do STF, Ellen Gracie. Preterido da comemoração, Marco Aurélio afirmou, por meio de sua assessoria, que o convite não chegou a seu gabinete. As desavenças entre o presidente do Supremo, que é um crítico do governo, e Jobim iniciaram-se logo depois da posse do ex-ministro da Justiça no STF, ocorrida em 1997. Em alguns julgamentos eles chegaram a ?bater boca?. No desentendimento mais recente, Jobim foi acusado de liderar um movimento interno que pôs em dúvida um voto de Marco Aurélio a respeito da liberação de um militar condenado por tráfico. Posteriormente, o presidente do Supremo mudou de posição e alinhou-se com os outros ministros, que votaram pela volta do militar à prisão.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.