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Casa Civil pede a ministros que deixem cargo à disposição

Mercadante é chamado para antecipar medida prevista para a próxima semana, após carta de demissão de Marta

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Foto do author Vera Rosa
Por Vera Rosa , Debora Bergamasco , Jotabê Medeiros e Roberta Pennafort
Atualização:

O chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, acionou nesta terça-feira, 11, os ministros para que entreguem suas cartas de demissão até a próxima terça, 18, quando a presidente Dilma Rousseff retornará de sua viagem à Austrália, onde vai participar da reunião de cúpula do G-20, em Brisbane.

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A ideia inicial era que a entrega dos cargos ocorresse de forma conjunta, no dia 18, como forma de indicar que a equipe deixava a presidente à vontade para compor um novo time no segundo mandato. Mas a atitude de Marta Suplicy, que deixou o Ministério da Cultura um dia após Dilma embarcar para a cúpula do G-20, surpreendeu o Planalto e precipitou o pedido da Casa Civil.

Procurada pelo Estado, a assessoria de imprensa da Casa Civil afirmou que outros ministros já colocaram seus cargos à disposição. No entanto, a pasta informou que não vai divulgar os nomes das autoridades nem quando essas cartas foram encaminhadas. O governo tem hoje 39 ministérios, dos quais 17 são controlados pelo PT.

A ministra da Cultura, Marta Suplicy Foto: Aaron Cadena Ovalle/EFE

Sucessão. Atualmente, há dois favoritos para ocupar a cadeira de Marta: o presidente do Instituto Brasileiro de Museus, Angelo Oswaldo, e o ex-ministro e atual secretário municipal de Cultura de São Paulo, Juca Ferreira. Dilma gosta dos dois.

Na avaliação do presidente da Associação de Produtores Teatrais do Rio, Eduardo Barata, Juca é o quadro "mais forte e preparado" para a tarefa. "Ele representou vários avanços. Tem força política, vai ao Congresso, aos outros ministérios, fica esperando até a presidente recebê-lo. Não é uma unanimidade, mas é o mais forte", afirmou Barata. Juca atuou como intermediário entre a campanha de Dilma e os artistas.

"Encerra-se agora um dos mais constrangedores espetáculos da cultura brasileira", disse o diretor de teatro Cacá Rosset. "Marta pede demissão e deixa como grande legado cultural o Supla", ironizou.

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