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Carvalho diz que apoio de Pezão a Dilma é questão de fidelidade

No Estado onde o PMDB conta com aliança de partidos de outros presidenciáveis, ministro lembra apoio federal ao governo carioca e espera que candidato honre 'compromissos'

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Por Redação
Atualização:

RIO - O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho afirmou nesta sexta-feira, 27, que o apoio do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) à reeleição da presidente Dilma Rousseff é uma questão de fidelidade e de "honrar compromissos". O Rio é o Estado onde está formada uma das mais fortes dissidências do PMDB em favor do candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Aécio Neves.

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Petista, Carvalho afirmou que a presidente estará no palanque de mais de um aliado no Rio, mas apostou na vitória do candidato do PT ao governo do Estado, Lindbergh Farias. O ministro esteve no Rio para reunião do Conselho Fiscal do Sesc (Serviço Social do Comércio).

Carvalho reconheceu que o movimento "Aezão", que prega o voto conjunto em Pezão e Aécio Neves e é liderado pelo presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, "causa preocupação". No início da semana, o PSDB e o DEM entraram formalmente na aliança de Pezão, com a candidatura do ex-prefeito Cesar Maia (DEM) ao Senado. "Nossa relação com Pezão é histórica, de sintonia e respeito ao trabalho dele e profunda admiração por parte do presidente Lula e da presidente Dilma. Há uma confiança de que ele vai honrar compromissos históricos e que a candidatura preferencial dele é a da Dilma. Isso a gente nunca pôs em dúvida", afirmou o ministro, que atribuiu as realizações da gestão do ex-governador Sérgio Cabral e de Pezão, em grande parte, às parcerias com o governo federal.

Nessa quinta, Pezão reafirmou seu apoio a Dilma e prometeu não "cuspir no prato em que comeu". "Certas circunstâncias levam as pessoas a assumirem certos compromissos, mas tenho certeza de que o coração dele está com Dilma e com o nosso projeto. Ele sabe quanto o governo federal sustentou o Rio de Janeiro e sabe que a viabilização do governo Sérgio Cabral e dele (teve) o peso do presidente Lula e da presidente Dilma. Conhecendo Pezão, como conheço há muitos anos, sei que ele saberá ser fiel a esse compromisso", declarou Carvalho.

O ministro disse que o candidato do PRB ao governo, senador Marcelo Crivella, tem "todo respeito" de Lula e Dilma e evitou comentar as ações do Planalto para viabilizar a aliança do PROS com PR do ex-governador Anthony Garotinho, que também disputa o Palácio Guanabara. A ação do governo federal irritou os dirigentes do PRB e o próprio Crivella, que garante não abrir mão da candidatura, apesar da insistência de petistas para que fosse candidato a vice de Lindbergh. "Não é novidade um presidente ter mais de um palanque, a gente tem que fazer isso na política muitas vezes. Crivella é outra pessoa pela qual temos respeito e, mais que isso, uma caminhada conjunta. Nada nos separa nem do Pezão nem do Crivella. São duas figuras que, para além de qualquer escolha tática, estrategicamente estão com nosso projeto, são fiéis à presidente Dilma e ao presidente Lula. Agora, eu tenho certeza de que o Lindbergh vai ganhar no Rio", disse Carvalho. "Não vejo problema em Dilma dividir o palanque. Lindbergh sabe disso, Pezão sabe disso. Olhando o lado do PT, nos interessa a eleição do Lindbergh", completou.

Carvalho disse que precisa ter cuidado ao comentar estratégias eleitorais, porque "a tendência é não deixar o governo" para assumir uma função na campanha da reeleição de Dilma. Ele evitou comentar a entrada do DEM e do PSDB na coligação de Pezão. Ao mesmo tempo, considerou "boa" a aliança firmada por Lindbergh com o PSD, partido do também candidato à Presidência, Eduardo Campos. A chapa de Lindbergh terá o ex-jogador e deputado Romário (PSB) candidato ao Senado. "É bom porque dá força grande à campanha do Lindbergh, que vai fazer campanha grande para a presidente Dilma", afirmou.

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