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Carta de FHC e personalidades pede ao G-8 fortalecimento da ONU

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso publicou hoje uma carta aberta, assinada também pelo filósofo Jurgen Habermas, pelo economista Joseph Stiglitz e por mais 20 personalidades, chamando a atenção do G-8 para a necessidade de se fortalecer a ONU o quanto antes. A carta, de cinco páginas, foi enviada ontem ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, que também estará em Evian para a reunião da cúpula, neste fim de semana. O texto conclama os líderes mundiais a adotarem o princípio da "solidariedade planetária". Segundo a declaração, a ética deve ser o "árbitro final" dos acordos entre os países e instituições como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) devem ser obrigados a respeitar os princípios de direitos humanos da ONU. Para os autores da carta aberta, existe atualmente uma falta de ética entre aqueles que detém o poder político, econômico e tecnológico no mundo. Além disso, há um déficit de responsabilidade. "Com a globalização, o poder se concentrou, mas as responsabilidades ficaram diluídas", afirma. A declaração ainda reconhece o aumento das disparidades entre pobres e ricos como um dos elementos preocupantes no mundo. "Dois terços da humanidade não tem o poder desfrutar de seus direitos políticos, econômicos e culturais", afirma o documento, lembrando que, hoje, o perigo de guerras e do terrorismo é crescente. Ações Reconhecendo a diversidade entre os povos e pregando a tolerância, o projeto assinado por Fernando Henrique pede que a interdependência esteja na agenda dos governos. A declaração ainda aponta medidas concretas para fortalecer a solidariedade entre os países. A primeira delas é o fortalecimento da democracia. Outra ação seria a proteção dos recursos naturais, como água, a garantia do acesso ao conhecimento por todos e a distribuição de remédios essenciais mesmo dos locais mais pobres. A declaração ainda pede a proteção das fontes de energia.

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