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Cardozo vê 'fortes indícios' de corrupção na Petrobrás e diz que governo será firme com punições

Após procurador-geral falar em 'gestão desastrosa' na estatal, ministro da Justiça defende empresa e diz que administração está determinada a combater malfeitos

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Por Beatriz Bulla
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Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, admitiu nesta terça-feira, 9, haver "fortes indícios" de corrupção na Petrobrás, o que "acaba atingindo a empresa". A tarefa, segundo ele, é "apurar, punir e afastar da empresa" quem ainda não está afastado e está envolvido nos escândalos de corrupção, para fazer a estatal "seguir seu rumo". Após conferência do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que sugeriu eventual substituição de dirigentes e apontou uma "gestão desastrosa" na Petrobrás, Cardozo disse que a atual direção da empresa tem "colaborado imensamente para que tudo seja desvendado".

"A Petrobrás tem feito as mudanças que se colocam como necessárias para sua melhoria de governança e também para o combate à corrupção. A conduta que a empresa toma hoje é a conduta saudável que deve ser tomada por uma empresa que se vê diante de problemas de corrupção", afirmou o ministro.

Ministro da Justiça diz que Petrobrás está colaborando no combate à corrupção Foto:

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Ele classificou a fala de Janot, que defendeu punição de corruptos e corruptores, como uma "posição institucional saudável". "Todos os brasileiros querem o combate à corrupção e assim será feito", completou Cardozo, sem mais avaliações sobre as afirmações do procurador-geral.

Ele evitou classificar o cenário como "desastroso" ou concordar com Janot no sentido de que o País está "envergonhado" dos escândalos envolvendo a estatal.

"Onde houver a corrupção, temos que ter vergonha dela. É claro que o combate à corrupção tem que ser sem tréguas, doa a quem doer, e essa determinação do governo é firme e irretocável", afirmou Cardozo. Para o ministro, a Petrobrás é "orgulho dos brasileiros" e o governo quer que tudo seja "colocado em pratos limpos".

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