15 de agosto de 2011 | 19h31
Mais cedo, em seu discurso na cerimônia de posse do procurador Geral da República, Roberto Gurgel, a presidente Dilma Rousseff avisou que não admitirá "abusos, afrontas e excessos de qualquer natureza em operações policiais".
"Podem ter absoluta certeza: eu jamais cometerei um crime para estabelecer controle político de qualquer ordem judicial. O Ministério da Justiça defende o Estado de direito, a lei. Portanto, não esperem do ministro da Justiça transgressões à lei. Esperem punições e apurações para aqueles que transgridem a lei", desabafou Cardozo, insistindo que não haverá "interferência política" em ações da PF.
Em sintonia com o discurso do governo, que tem condenado com extrema veemência a divulgação de fotos das autoridades do Ministério do Turismo presas em Macapá, o ministro Cardozo disse que a apuração do caso é necessária porque houve "uma ofensa à Constituição". "Não podemos aceitar que presos sejam condenados e que os submetidos à prisão de qualquer natureza possam ter sua imagem exposta daquela maneira", desabafou Cardozo, desconversando sobre perguntas da imprensa se a divulgação das fotos não estava ganhando mais importância por parte do governo do que os crimes cometidos.
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