22 de julho de 2017 | 19h14
O município de São Paulo possui atualmente 58 zonas eleitorais para atender um universo de 8,9 milhões de eleitores, enquanto o Rio de Janeiro, com quase a metade do eleitorado - 4,9 milhões - dispõe de 97 zonas. Em um esforço para corrigir essa e uma série de outras distorções, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pretende extinguir 70 zonas eleitorais em 16 capitais, gerando uma economia aos cofres públicos de R$ 74 milhões.
Segundo o TSE, o remanejamento das zonas eleitorais não prejudicará a vida dos eleitores - as zonas são uma região delimitada dentro de cada Estado, gerenciada por um cartório eleitoral, que coordena os eleitores domiciliados nela. Não são os locais de votação.
O TSE pretende transformar as zonas eleitorais em postos de atendimento ao eleitor, que seguirão realizando serviços de emissão de título e cadastramento eleitoral.
Em cada zona, atuam um promotor e um juiz eleitoral que recebem mensalmente uma gratificação de aproximadamente R$ 4,6 mil. Enquanto o promotor investiga um eventual crime eleitoral, como suspeita de compra de votos, o juiz eleitoral processa e julga os casos e toma providências para evitar atos ilícitos nas eleições. Com o fim das zonas, não haverá mais um juiz e um promotor nesses espaços.
“Temos a obrigação de racionalizar gastos, senão você fica multiplicando despesas sem nenhuma razão”, diz ao Estado o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes.
No Distrito Federal, onde são realizadas eleições apenas a cada quatro anos (os brasilienses não votam para vereador e prefeito), há 18 zonas - duas delas deverão ser fechadas.
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