Candidatura Ciro não existe, diz presidente estadual do PT

Edinho Silva diz que nome do deputado do PSB para o governo paulista nunca foi discutida dentro do partido

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Por e da Agência Estado
Atualização:

A candidatura do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) ao governo paulista nunca foi discutida dentro do PT no Estado, afirmou à Agência Estado o presidente estadual do partido em São Paulo, Edinho Silva. "Eu sou presidente do PT e nunca ninguém veio falar comigo; por isso, formalmente, no PT esse assunto não existe", disse. "Vejo a articulação de alguns parlamentares do PT e de outros partidos, mas isso nunca foi pautado dentro do PT e, ao contrário, aprovamos a resolução do diretório estadual pela candidatura própria."

 

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Segundo ele, a posição formal do PT pela candidatura própria, aprovada na reunião do Diretório Estadual do dia 29 de maio, "não significa que não queiramos conversar com o deputado Ciro Gomes e conversar com o PSB, com os partidos da base do governo Lula". Mesmo admitindo essa possibilidade, Edinho deixou claro que há divergências políticas entre o PT e o PSB, partido que, em São Paulo, integra a base de apoio do governador José Serra (PSDB). "No seminário que elaboramos para debater propostas de enfrentamento à crise em São Paulo, o PSB não foi, ao contrário dos demais partidos da base do governo Lula", afirmou o presidente do PT paulista.

 

A candidatura de Ciro Gomes ao governo paulista seria uma saída do PT diante da ausência de nomes fortes para enfrentar os tucanos, que além de 16 anos no poder a serem completados este ano têm o ex-governador e atual secretário de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, como nome forte à sucessão de Serra. O principal nome do PT ao governo, o deputado federal Antonio Palocci, ainda depende da decisão do Supremo Tribunal Federal (SFT) no julgamento da denúncia no processo da quebra de sigilo bancário do ex-caseiro Francenildo Costa.

 

Além da candidatura própria, a resolução aprovada pelo Diretório do PT de São Paulo admite que o partido busque as bases peemedebistas no Estado nas eleições de 2010. A decisão é uma tentativa do partido de barrar a aliança defendida pelo ex-governador Orestes Quércia, presidente estadual do PMDB, pela coligação com o PSDB e com o Democratas em São Paulo. No documento, o PT considera "tarefa do partido disputar as base do PMDB paulista, impedindo que a iniciativa de Quércia de consolidar um bloco liderado pelo Serra e Kassab tenha êxito", diz um trecho da resolução intitulada de "Derrotar PSDB/DEM para São Paulo Avançar".

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