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Candidatos usam Lula e Serra como ''avalistas''

Por Daniel Bramatti
Atualização:

Não demorou para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador José Serra (PSDB), ambos com altos índices de aprovação em São Paulo, fossem lembrados no debate de ontem. Já em sua primeira intervenção, a candidata do PT, Marta Suplicy, citou Lula ao falar de seu projeto de investimentos no metrô. Disse que o presidente e a ministra Dilma Rousseff deram sinal verde para um plano de expansão na rede subterrânea da cidade, com vistas à preparação para a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. Geraldo Alckmin, que na véspera, em jantar do PSDB, recebeu uma demonstração de apoio do governador, saiu em defesa da gestão de Serra na prefeitura - de 2005 a 2006 - quando Marta a acusou de ter sucateado a Guarda Civil Metropolitana. Segundo o candidato tucano, foi Serra quem organizou o acolhimento de jovens infratores que não precisavam ficar em privação de liberdade. O próximo a citar Serra foi o candidato do DEM, Gilberto Kassab, que disputa com Alckmin a simpatia do eleitorado serrista. O governador, de quem Kassab foi vice até 2006, defendia o apoio formal do PSDB à reeleição do candidato do DEM, mas não conseguiu tirar Alckmin do páreo. No debate, Kassab citou Serra como "o melhor ministro da Saúde" que o País já teve e apontou a saúde como o setor em que seu governo obtém os melhores resultados. Como em seus programas no horário eleitoral gratuito, o candidato do DEM exaltou a importância da Assistência Médica Ambulatorial (AMA), unidade de saúde destinada a atendimentos de menor gravidade. A inovação foi afirmar, em duas ocasiões, que sua administração construiu 115 AMAs - o programa eleitoral do DEM divulga quase diariamente o número de 110 unidades. Marta, da mesma forma, procurou destacar o que considera as "vitrines" de sua administração, entre 2001 e 2004 - o Bilhete Único no transporte coletivo e Centros Educacionais Unificados (CEUs) na educação. Em uma nova menção ao presidente, a candidata do PT creditou o aumento da arrecadação do município ao momento econômico por que passa o País. "O governo Lula melhorou as contas de todas as prefeituras. Quando o Brasil vai bem, São Paulo aumenta seu Orçamento", afirmou.

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