PUBLICIDADE

Candidatos menos cotados expõem seus planos para SP

PUBLICIDADE

Por CAROLINA FREITAS
Atualização:

Candidatos com apenas um dígito - ou menos - de intenção de voto nas pesquisas eleitorais relacionadas à sucessão municipal da Capital defenderam hoje, durante evento promovido pelo Movimento Nossa São Paulo, suas propostas de governo. No encontro, eles receberam do Movimento, formado por organizações da sociedade civil, cadernos com 1.500 idéias para melhorar a qualidade de vida dos paulistanos. O candidato do PMN Renato Reichmann brincou com sua falta de popularidade. "Vou me apresentar porque aqui sou conhecido apenas por um eleitor, minha mulher", disse, apontando para a platéia. Ele garantiu que as idéias do Nossa São Paulo serão uma parte importante de seu plano de governo, pois trabalha com uma equipe de campanha pequena. Para o trânsito, lançou uma solução polêmica: "Colocar mais carros na rua". Ele acredita que, se a Prefeitura construir edifícios-garagem perto de terminais de ônibus e estações do Metrô, encorajará o paulistano a usar o carro apenas para o trânsito local. Levy Fidélix, do PRTB, também fez a platéia rir ao se classificar um ''candidato zero'', por não alcançar pontuação nas pesquisas. "Mas as idéias do candidato zero vingam", disse, defendendo que propostas suas, como restringir o trânsito de caminhões, construir um anel viário e implantar o seguro-enchente, foram aproveitadas por outros políticos. Ele comentou que ficou conhecido como o ''candidato do aerotrem'' por ter apenas poucos segundos no horário eleitoral gratuito, mas ponderou que tem outras propostas. "Só dá tempo de falar disso", justificou, voltando a defender esse meio de transporte. O candidato do PCB Edmilson Costa prometeu "incomodar bastante nesta campanha". Se eleito, disse que pretende deixar que o povo decida em conselhos as prioridades da gestão, processo que chamou de governança comunista. "Quem entende dos problemas da população é a própria população", afirmou. Soninha Francine, candidata do PPS, citou alterações necessárias no sistema de transporte público, como a melhoria da sinalização nos pontos de ônibus. "Tenho a experiência de ser usuária do transporte público", disse. Falou ainda sobre sua militância em prol do meio ambiente e do uso de bicicletas. "Uma vez por semana deixo a moto na garagem e sou ciclista. Pedalar é possível." Críticas e risos O candidato do PSOL, Ivan Valente, aproveitou a oportunidade para criticar a gestão de Gilberto Kassab (DEM) - candidato à reeleição -, mesmo sem citar nomes. Atacou a construção da Ponte Estaiada, na zona sul da cidade - que custou R$ 230 milhões e por onde circulam apenas carros. Valente disse que a ponte serve apenas de cenário de graça a uma emissora de televisão, que transmite seus telejornais de um estúdio de vidro em frente à obra. A afirmação provocou risos na platéia. A candidata do PT Marta Suplicy riu neste momento e virou-se para Kassab, que estava sentado ao seu lado. Participou ainda do evento Geraldo Alckmin (PSDB). Paulo Maluf (PP), Ciro Moura (PTC) e Anaí Caproni (PCO) foram convidados, mas não compareceram.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.