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Candidatos de Porto Alegre atacam Fogaça no 1º debate

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Por Sandra Hahn
Atualização:

Sete dos nove candidatos à prefeitura de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, realizaram ontem à noite na TV COM, emissora da RBS TV, o primeiro debate da disputa eleitoral deste ano. Apesar das mais de duas horas de programa, os participantes falaram pouco de seu plano de governo, evitaram polêmicas e fizeram críticas ao prefeito José Fogaça (PMDB), que concorre à reeleição. O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM) questionou o peemedebista sobre sua mudança de partido - Fogaça foi eleito pelo PPS e voltou ao PMDB no ano passado - e insinuou a possibilidade de o adversário deixar a prefeitura, caso reeleito, para disputar outro cargo dentro de dois anos. "Foi pensando num projeto amplo e consistente para Porto Alegre que voltei para o meu partido de origem", disse Fogaça, sem abordar a segunda parte da pergunta. "É muito importante para Porto Alegre votar em um prefeito que vá ficar aqui de corpo e alma", disse Onyx. Fogaça reagiu dizendo que o adversário "desconhece" realizações da prefeitura e "tenta confundir a opinião pública e fazer ataques pessoais". Ao responder à deputada federal Maria do Rosário (PT) sobre desenvolvimento e transporte, Fogaça disse que o metrô é a questão mais urgente para a cidade, mas depende de verba federal. Rosário criticou o que considera "imobilismo" da administração e disse que há R$ 26 milhões para a obra no plano plurianual e no Orçamento da União. "O seu governo durou 16 anos e não tratou de avançar na questão do metrô", atacou Fogaça, em sua tréplica, numa referência à seqüência de governos do PT na cidade. O aumento de salário da governadora do Estado, Yeda Crusius (PSDB), que tramita na Assembléia Legislativa gaúcha, motivou uma troca de farpas entre a deputada federal Manuela D''Ávila (PCdoB) e a colega de Câmara Luciana Genro (PSOL). "A candidata Manuela disse que não vai pedir aumento de salário, mas votou pelo aumento dos deputados", disse a representante do PSOL. Manuela respondeu que, se a adversária era contra o aumento, poderia tê-lo devolvido. O candidato Paulo Rogowski (PHS) questionou o deputado estadual Nélson Marchezan Júnior (PSDB) sobre e educação pelo sistema de ciclos. O tucano disse que a política foi mal aplicada em Porto Alegre e criticou a colocação da cidade no ranking de avaliação do ensino entre as capitais. Rogowski afirmou que seu partido defende o segundo horário de ensino, após o turno básico, para atividades complementares.

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