A primeira reação de vários dos candidatos incluídos na lista da AMB foi tentar demonstrar tranqüilidade - um por entender que o processo "já deve estar prescrito", outros porque já obtiveram habeas corpus e trancaram a ação, ou ainda porque o processo está em fase de instrução. Em Manaus, o candidato pelo PTB à prefeitura, o ex-governador Amazonino Mendes, obteve habeas corpus e interrompeu o processo citado pela AMB. Como o benefício foi concedido em 24 de junho, seu comitê entende que "não há justificativa" para a inclusão de seu nome na lista. Nesse processo, movido pelo Ministério Público Federal, ele é acusado de ser o verdadeiro dono de uma empreiteira, a Econcel, que faturou mais de R$ 50 milhões em obras quando estava no governo, entre 1992 e 1997. Em Porto Velho, o candidato do PSDB à prefeitura, Hamilton Nobre Casara, não dá muitos detalhes sobre a acusação de improbidade administrativa de que é acusado. Ele afirma apenas que prefere "nada avaliar nem adiantar" sobre o assunto. "Temos de aguardar o andamento dos dois processos na Justiça. Tenho certeza de minha posição e de minha inocência nos dois casos. Mas nada comento para não conturbar o andamento dos casos na Justiça". O delegado Pitágoras Lincoln de Matos, candidato a vice-prefeito de Belo Horizonte pelo DEM, disse não dar importância à inclusão de seu nome na lista da AMB. "Isso não tem fundamento, acho até que a ação já está prescrita. Tenho 30 anos de carreira, sendo 20 como delegado. Atribuo esse processo a alguém que quer só se defender." A candidata Maria Suely Silva Campos, que concorre pelo PP ao cargo de vice-prefeita em Boa Vista, em Roraima, garante que "de forma alguma" a inclusão de seu nome pode comprometer sua candidatura ou influenciar o resultado das eleições. Isso porque, segundo o assessor jurídico Maryvaldo Bassal, os dois processos contra ela "ainda estão em fase de instrução e não há nenhuma decisão em trânsito julgado". Outros candidatos citados na lista da AMB não foram localizados ou não responderam às ligações.