
31 de janeiro de 2019 | 19h00
BRASÍLIA - Reeleito para seu segundo mandato, o deputado João Henrique Caldas (PSB-AL), conhecido como JHC, ganhou o apoio oficial do seu partido a três dias da votação. Caso eleito, o alagoano quer modernizar a Casa, "levar do analógico para o digital" e diz que quer deixar de lado o "toma-lá-da-cá".
A seguir, trechos da entrevista.
Estadão/Broadcast: Na terça-feira, a três dias da eleição, o seu partido, o PSB, decidiu apoiar a sua candidatura. O que isso altera?
João Henrique Caldas: Ganha um protagonismo maior e musculatura, inclusive, para conversar com outras siglas e composições. O PSB é um partido aguerrido que sempre se posiciona de forma firme na Casa e é uma forma de darmos uma resposta clara e uma alternativa a esse novo Brasil que exige uma nova Câmara.
Estadão/Broadcast: O PSB não corre o risco ficar isolado, sem posições importantes na Casa?
Caldas: Isso é relativo porque a gente tem de ver o valor das coisas e não o preço. O partido não está pensando no toma-lá-da-cá e fazer sua numerosa bancada em moeda de troca. Queremos é sermos respeitados pelos nossos valores e pela coerência que mantém enquanto partido.
Estadão/Broadcast: Qual o motivo que levou o senhor a se candidatar?
Caldas: Houve um recado muito claro das urnas que exige um novo Brasil, uma quebra de paradigmas. Então, é por entender que posso representar esse novo momento. Tirar o parlamento do analógico, trazer para o digital e se aproximar mais da população. Precisamos resgatar a credibilidade, imprimir um novo ritmo e se comunicar de uma forma diferente com essa população.
Estadão/Broadcast: Como o senhor vê propostas de aumento de salário dos deputados e questões como auxílio-mudança?
Caldas: Sou contra as duas coisas. Inclusive, antes de ser polêmica, há quatro anos eu devolvi meu auxílio em forma de doação para uma instituição.
Estadão/Broadcast: Caso eleito, o senhor pautaria a reforma da Previdência nos moldes em que ela já foi discutida na Casa? Há algum ponto que barraria o projeto na sua gestão?
Caldas: Estamos aguardando ainda um esboço do que seria essa reforma. Mas a minha preocupação é com uma possível injustiça geracional. Os jovens de hoje para puderem ter lá na frente seu direito à aposentadoria, pelo cálculo atuarial e pelas previsões que nós temos praticamente fica inviabilizado de assim receber, como também compromete quase que por todo o orçamento e as despesas do nosso País. Então se não tiver ao menos a discussão da idade mínima, eu acho difícil a gente avançar numa discussão em relação à Previdência. Claro que nós temos de tratar das diferenças regionais e expectativa de vida. Também temos de cortar privilégios e tem de ser uma reforma para todos, onde todos estejam incluídos. Não pode ter classes privilegiadas.
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