BRASÍLIA – Candidato à presidência da Câmara dos Deputados e atual vice-presidente da Casa, o deputado reeleito Fábio Ramalho (MDB-MG) defendeu hoje, na tribuna da Casa, o aumento de salário de parlamentares. “Nós precisamos que todos os deputados sejam reajustados como estão sendo reajustados todos os outros poderes”, disse o deputado. O deputado defende um aumento de 4%, que elevaria os rendimentos mensais para R$ 39 mil. Segundo ele, houve um erro da mesa diretora da Câmara que não fez a previsão desse aumento no orçamento da Casa neste ano.
“O diretor-geral da Casa fez um erro sobre a questão do CNE (Cargo de Natureza Especial - comissionados), temos de tomar uma posição e se for o caso até demiti-lo”, afirmou se dirigindo ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Deveríamos reunir a mesa diretora e tratar do aumento do salário de todos os deputados”, completou. Maia disse apenas que iria analisar a questão.
Atualmente os deputados recebem salário de R$ 33,7 mil. Os parlamentares também têm direito a verba de gabinete para contratação de pessoal (de R$ 78 mil), auxílio-moradia (de R$ 3.800) e cota parlamentar que varia de R$ 30,7 mil a R$ 45,6, dependendo do Estado de origem do parlamentar. Há ainda o “auxílio mudança” previsto para início e fim de mandatos que é equivalente ao salário e pode ser recebido em dobro por aqueles que foram reeleitos.
Ramalho anunciou sua candidatura à presidência da Câmara há três semanas, quando disse que é "natural candidato". Segundo ele, hoje a Casa não tem o protagonismo necessário. O emedebista defende dar prioridade à tramitação da reforma da Previdência no início do governo Bolsonaro, e dizque tem concordâncias e discordâncias com o texto que está em tramitação.