Campos volta a pregar entendimento sobre royalties

Por Daiene Cardoso
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O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse na tarde desta sexta-feira que era previsível a ação de Estados produtores de petróleo no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a nova lei dos royalties, mas que continua acreditando que "a mesa de entendimento" poderia ser a melhor solução. "Respeito a opinião de quem quer ir disputar no tudo ou nada no Judiciário. Cada um faz o que sabe fazer. Eu gosto de fazer o diálogo", afirmou o governador, após almoço com empresários do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV).Campos, que passa o dia em São Paulo, lembrou que os governadores estiveram em muitos momentos próximos de um acordo e que havia inclusive "um cardápio" de soluções. "Se evoluiu muito, se chegou perto, a presidente (Dilma Rousseff) chegou a pedir (pelo acordo)", comentou. Para o governador, o acordo poderia tirar o País "do impasse desnecessário, onde Estados, que deveriam estar juntos, estão disputando".Nesta manhã, os governos do Rio de Janeiro e Espírito Santo entraram com uma ação no STF questionando a nova legislação. Campos disse que a medida anunciada nesta sexta não é novidade para ele. "Continuo com a minha opinião: acho que melhor que uma disputa, uma litigância no Judiciário, seria ter encontrado na mesa (de negociação) um entendimento", defendeu.IBC-BrNa avaliação do governador, o resultado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta manhã, é positivo. "(O índice nos) Anima a seguir pensando no futuro do ano, no futuro da década também", afirmou. Campos disse que há muito o que fazer para que 2013 seja um ano melhor do que 2012 e que medidas são necessárias para que isso aconteça. "Há preocupações no governo, entre os governadores, entre os prefeitos, entre o empresariado sobre a situação que nos encontramos", comentou. "Há muita esperança, há confiança de que vamos fazer um ano bom, mas o jogo não está todo jogado. É preciso ajudar o Brasil", completou o governador.Campos pediu um debate "tranquilo" em torno dos temas econômicos para ajudar o País a crescer, e não "um debate de tudo ou nada". Ele reclamou da "eleitorização" do debate e pediu maturidade e respeito nas discussões.Dando o exemplo de um família em dificuldades, que precisa se unir para se ajudar, o governador disse que neste momento está ao lado da presidente Dilma. "Estou unido à presidenta, eu estou na base de apoio, eu ajudei a eleger a presidenta, meu partido votou na presidenta, retirou um candidato (da disputa) e apoiou a presidenta", respondeu.

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