Campos se reúne com Dilma e diz que crescimento do PSB 'não será barrado'

Governador de Pernambuco conversou por duas horas com a presidente; ele não comentou a possibilidade de sair candidato em 2014

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Por TÂNIA MONTEIRO E RAFAEL MORAES MOURA
Atualização:

BRASÍLIA - Depois de duas horas de conversa com a presidente Dilma Rousseff, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), deixou o Palácio do Planalto nesta segunda-feira, 14, evitando falar sobre a possibilidade de sair candidato em 2014, sem, no entanto, negar que isso possa acontecer. "A gente não precisa eleitoralizar o debate político nesse instante", respondeu ele à imprensa, ao ser questionado inúmeras vezes sobre sua candidatura ao Planalto para suceder Dilma. Ainda assim, o governador fez questão de deixar um alerta no ar sobre o futuro. "O PSB cresceu. Cresceu em 2006, em 2010, em 2012 e esse crescimento do PSB não será barrado", advertiu, mandando um recado que não aceitará que o partido seja "barrado" em qualquer projeto, por considerar que o PSB, pelo seu tamanho e desempenho eleitoral, tem espaço, seja na base da presidente Dilma, seja em um projeto próprio.A conversa dos dois foi marcada na semana passada, quando Dilma recebeu Campos, na Base Naval de Aratu, na Bahia, onde passava férias. O governo e o PT estão preocupados com as movimentações de Campos e de aliados do PSB. Esses correligionários têm dito que já viram que o PMDB é o aliado preferencial do Planalto e que não terão espaço para crescer nesta aliança, sugerindo que irão desembarcar do governo em 2014. Mas, para 2013, todo o discurso é de apoio à Dilma."Não interessa ao País começar a montar palanque já em janeiro deste ano", disse Campos, ao salientar que o PSB vai ajudar a presidente a enfrentar os problemas da economia neste ano de 2013 e no Congresso. Afirmou, inclusive, que a candidatura de Júlio Delgado (PSB-MG), à presidência Câmara dos Deputados, em oposição a Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), apoiado pelo Planalto, está sendo defendida pela bancada e ele tem esta prerrogativa.Segundo Campos, na conversa, a presidente demonstrou estar convencida de que a economia crescerá mais este ano, que as medidas adotadas em 2012 darão resultado a partir de agora. E emendou: "E nós vamos ajudar a presidente Dilma a vencer o ano de 2013". Na avaliação de Campos, se Dilma fizer um grande ano de 2013, "tem tudo para fazer um grande ano de 2014".

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