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Campos e Marina negam crise na aliança

Pré-candidato à Presidência e vice afirmam que divergências na formação de palanques estaduais não afetam união entre PSB e Rede

Por Isadora Peron
Atualização:

São Paulo - As divergências entre PSB e Rede na montagem de palanques estaduais fizeram o pré-candidato à Presidência, Eduardo Campos, e sua vice, Marina Silva, vir a público para garantir que os problemas não vão abalar a aliança entre os dois.

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Em seu perfil no Instagram, Marina publicou nessa terça-feira, 11, uma foto ao lado de Campos com a explicação: "A aliança nacional com o PSB está mantida. A chapa e o programa de governo estão compatíveis com o que eu e Eduardo temos discutido desde outubro". Os dois trabalham, disse ela, "para manejar as alianças nos Estados em fortalecimento da aliança nacional, para quebrar a polarização entre PT e PSDB".

Em entrevista coletiva após um evento em São Paulo, Campos procurou mostrar que a insatisfação de Marina ante a decisão do PSB de São Paulo de apoiar a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) não era problema. "Ela (Marina) não está dizendo nada de novo. Desde o início vem dizendo isso", afirmou, acrescentando que a decisão do PSB paulista não iria ameaçar a chapa presidencial: "Se num Estado ou outro não vamos estar juntos, é uma questão meramente estadual. Nada a ver com aliança nacional, que é muito maior".

Em Minas. Além de São Paulo, os dois grupos também não chegaram a consenso em Minas Gerais. Na segunda-feira, a ex-ministra propôs em Belo Horizonte que o nome do candidato seja escolhido durante a convenção da sigla, no dia 21. O PSB indicou o deputado Júlio Delgado para a disputa. A Rede prefere Apolo Heringer.

Delgado disse ontem que vai trabalhar por um acordo com a ex-ministra. "Dos 150 delegados, vou ter 120 a 30 votos", garantiu o deputado mineiro.

Integrantes do PSB receberam com alívio a nova pesquisa do Ibope na qual as intenções de voto para Campos vão a 18% quando o eleitor é informado de que Marina é sua vice. Interlocutores do pré-candidato afirmaram que ele ficou abatido após o levantamento do Datafolha da semana passada, que lhe dava apenas 7% da preferência dos eleitores.

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