20 de maio de 2013 | 20h57
Sutil, o governador mesclou as palavras simpáticas a Dilma com uma elegia a seu antecessor no Palácio do Planalto, como se quisesse dizer que a participação da presidente fora menor do que aparentava. "Hoje é dia de reconhecer o importante legado deixado pelo presidente Lula", afirmou, ao se referir ao ressurgimento da indústria naval, a partir de incentivos dados pelo governo passado. Já a presidente lembrou que, como ministra da Casa Civil, cumpriu a decisão de Lula de recuperar o setor. "Quando olho para trás, lembro que em 2003 a indústria naval no Brasil inteiro tinha 2 mil pessoas, hoje são 54 mil", comemorou.
A distensão na relação Dilma - Campos deu até espaço a novo evento na agenda da presidente no Estado, um encontro com produtores na Associação de Fornecedores de Cana de Pernambuco. Os agricultores - segundo Campos, proprietários médios - queriam agradecer o restabelecimento, com reajuste, de uma subvenção, que tinha sido cortada por um veto de Dilma à MP 587. Serão beneficiados 17 mil plantadores, que receberão R$ 125 milhões. O evento foi incluído nesta segunda na lista de compromissos da presidente, o que não é comum. O recuo foi articulado com a participação da políticos nordestinos, entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que acompanhou Dilma na viagem. O anúncio da revisão da decisão evitou que os agricultores protestassem na inauguração da Arena de Pernambuco, nesta segunda, como ameaçavam.
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