PUBLICIDADE

Campos defende aumento de 2 p.p. nos repasses ao FPM

O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, afirmou nesta quinta-feira, 31, que, em um eventual governo, teria como prioridade aumentar em cerca de 2 pontos porcentuais o repasse da União ao Fundo de Participação dos Municípios para "tirar da falência os serviços públicos brasileiros dos municípios". A uma plateia formada por prefeitos em evento na capital gaúcha, ele garantiu que há recursos para tornar o pacto federativo brasileiro mais justo e eficiente e criticou a política de desonerações do atual governo, como no caso do IPI, que, segundo ele, não dá mais resultado e, de quebra, acaba gerando diminuição dos repasses às cidades.

Por Gabriela Lara e CORRESPONDENTE
Atualização:
Candidato criticou política de desonerações do governo atual e disse que existem recursos para tornar pacto federativo brasileiro mais justo e eficiente Foto: Helvio Homero/Estadão

O candidato afirmou que, nos últimos 20 anos em que o Brasil foi governado pelo PSDB e pelo PT, houve diminuição da participação dos municípios na distribuição de receitas tributárias. De acordo com ele, Fernando Henrique Cardoso entregou o governo com 16% de participação, Lula com 14% e Dilma deverá entregar com menos de 11%. A meta de Campos seria ampliar os repasses para cerca de 13%.

PUBLICIDADE

Segundo o candidato, esse aumento custaria à União algo como R$ 6 bilhões. "Quero dizer que é menos da metade do que custa 0,5% da Selic quando o Banco Central se reúne lá em Brasília", afirmou. Segundo ele, quando a autoridade monetária anuncia um aumento de 0,5 ponto porcentual na taxa básica de juros, significa um gasto de R$ 14,5 bilhões.

Ele defendeu que a verba para aumentar o repasse de recursos aos municípios virá do mesmo lugar de onde vêm os recursos para pagar pela má governança da economia. "É (também) o mesmo dinheiro que Dilma arrumou agora para tapar o buraco do setor elétrico", avaliou. "Não tem assistência saúde, para calçamento, mas tem para outras coisas."

"Precisamos garantir a imunidade dos municípios brasileiros, dar os 2% e fazer a economia brasileira crescer, porque se a economia brasileira não crescer, a vida não vai melhorar", afirmou. "Estamos vivendo o pior cenário. Baixo crescimento, inflação e juros lá em cima. Esse é o cenário que vai derreter o emprego e destruir conquistas dos últimos governos. Houve conquistas, não vamos negar."

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.