Campos critica pressão de aliados sobre candidaturas locais

'Tem muita gente falando', afirmou o governador de Pernambuco e possível candidato à Presidência, para quem o debate sobre as alianças "sequer se iniciou"

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Por Fabio Guibu
Atualização:

RECIFE - O governador de Pernambuco e possível candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, mandou um duro recado nesta terça-feira, 21, para os aliados que insistem em discutir candidaturas para a sucessão nos Estados, antes da definição das diretrizes do programa nacional do partido para 2014.

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Sem citar nomes, Campos disse que há pessoas, por falta de "coragem", agem repassando informações sob a condição do anonimato e outras que trabalham por interesse próprio, usando a imprensa para tentar promover suas ideias.

"Tem muita gente falando", reclamou o governador. Mas, segundo ele,"poucas pessoas têm coragem de falar em 'on' (citando a fonte)". "Alguns falam a verdade, outros falam seguindo seus interesses, tentando usar veículos para se posicionar num debate que sequer se iniciou", declarou Campos.

Questionado se o recado também se direcionava a São Paulo, onde o PSB se divide entre lançar candidato próprio ou manter o apoio ao PSDB, Campos foi incisivo: "Vale para todos os Estados", disse.

Sucessão. Em Pernambuco, onde o nome do secretário estadual da Casa Civil, Tadeu Alencar, um "calouro" em disputas eleitorais, surge como provável candidato à sucessão no Estado, o governador disse que não tratou do tema "absolutamente com ninguém".

"Quando eu começar esse debate, vou dizer à imprensa de maneira clara e transparente, como fiz todas as vezes", afirmou. "Por ora, eu estou focado na ação de governo, a população não está ligada no debate sucessório, não está querendo me ver discutindo isso", afirmou.

A cúpula nacional do PSB se reúne na noite desta terça, 21, em Recife, para discutir as diretrizes do programa nacional do partido. Apesar de integrar a legenda e ser cotada para ocupar o cargo de candidata a vice na chapa de Campos, Marina Silva não comparecerá ao evento.

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O governador explicou a ausência afirmando que a cúpula da Rede Sustentabilidade, partido que Marina ainda tenta legalizar na Justiça Eleitoral, já fez a sua reunião na semana passada.

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