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Campanha quer reduzir mortalidade feminina por câncer de mama

Por Agencia Estado
Atualização:

Reduzir ou até erradicar a mortalidade feminina provocada por câncer de mama é o objetivo da Avon, numa ação mundial, que envolve 50 países, entre eles o Brasil. Em uma dessas ações, a campanha Um Beijo pela Vida, R$ 400 mil acabam de ser doados a quatro instituições que trabalham com diagnóstico e tratamento do câncer de mama. Os recursos foram arrecadados com a venda de batons e livros sobre a doença. Ao todo, 32 entidades concorreram aos recursos da campanha. Cada uma delas apresentou propostas de trabalho em prol do diagnóstico precoce e da prevenção do câncer de mama. Os quatro beneficiados são a Fundação Centro de Controle de Oncologia de Manaus (AM), o Instituto da Mama de Porto Alegre e Bento Gonçalves (RS), a Liga Baiana contra o Câncer - Hospital Aristides Maltez em Salvador (BA) e a Fundação Pio XII - Hospital do Câncer de Barretos (SP). Cada instituição recebeu R$ 100 mil para desenvolver seus projetos ao longo de 2003. A presidente da Avon no Brasil, Eneida Bini, explica que cada entidade definiu seu projeto de acordo com a necessidade local. "Em Barretos, por exemplo, a fundação terá uma unidade móvel de mamografia para ir até as mulheres." As quatro instituições beneficiadas pela campanha atendem um universo de 100 mil mulheres a cada ano. Para 2003, a Avon pretende pelo menos dobrar a arrecadação para a campanha Um Beijo pela Vida. "Queremos chegar aos R$ 800 mil", diz Eneida. Sobre o valor de venda de determinados produtos cosméticos da empresa, 7% vão para a edição deste ano da campanha. Prevenção De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), no ano passado, o País registrou cerca de 36 mil novos casos de câncer de mama e 9 mil mortes foram provocadas pela doença. É o tipo de câncer que mais mata as mulheres. E essa mortalidade cresceu de 1979 para 1999, passando de 6 para 10 mortes em cada 100 mil mulheres. O aumento da mortalidade por câncer de mama acompanha a urbanização da sociedade. A mulher está mais exposta a fatores de risco como tabagismo, obesidade e consumo regular de bebidas alcoólicas. Gravidez depois dos 30 anos e menopausa tardia (após os 50) também são fatores de risco. Ainda não se sabe se mulheres que escolhem ser mães depois dos 30 têm mais risco do que as que tiveram filhos mais tarde porque não conseguiram engravidar antes. Mas a ciência tem uma certeza: o histórico familiar é o fator de risco mais importante nos casos de câncer de mama. Isso significa que irmãs ou filhas de mulheres com a doença devem ter cuidado redobrado com prevenção e diagnóstico precoce. Há três formas de detectar o câncer de mama: no exame clínico, quando o médico apalpa as mamas da paciente, por exame de mamografia (uma espécie de radiografia) e ainda pelo auto-exame. Quanto mais cedo a doença for diagnosticada, menor é o tumor, o que permite que só ele seja retirado, preservando a mama. A recomendação é para que toda mulher faça exame clínico das mamas uma vez por ano. O auto-exame deve ser feito todo mês. A mamografia é indicada para mulheres a partir dos 35 anos, a cada dois anos. Depois dos 50, o exame passa a ser anual. No exame clínico, o médico é capaz de pegar tumores de 1 cm de diâmetro. Já a mamografia é sensível o bastante para detectar nódulos menores e alterações que antecedem a formação de um tumor. Para se ter idéia da importância do diagnóstico precoce, em torno de 75% das pacientes estão curadas depois de dez anos de um tumor pequeno (sem ramificações na axila) ter sido diagnosticado e tratado. Se esse mesmo tumor não for detectado e permanecer sem tratamento, só 25% das pacientes estarão vivas em três anos.

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