PUBLICIDADE

Campanha 'Fora Sarney' sai do Twitter e ganha as ruas do País

Internautas se organizam nas principais cidades e realizarão manifestações pela saída do presidente do Senado

Por Andreia Sadi
Atualização:

Participantes da rede de microblogs Twitter realizarão nesta quarta-feira, 1, protestos pelo País pedindo a saída de José Sarney (PMDB-AP) da Presidência do Senado. A manifestação virtual começou com uma página na rede, que leva o nome do movimento e já conta com mais de sete mil seguidores. A pressão para a licença de Sarney aumentou após o DEM, o PSDB e o PDT pediram formalmente, ontem, o seu afastamento do comando da instituição até a conclusão das investigações.

 

PUBLICIDADE

As passeatas são registradas no perfil Brazilians no Twitter , com quase três mil seguidores. No Rio, o protesto foi em frente à Câmara dos Vereadores, na Praça da Cinelandia, no centro do Rio. Manifestantes levaram cartazes e e fotos do senador com os dizeres "fora".

 

O site aponta ainda protestos em Porto Alegre: 01/07, 12h30mim, Praça da Matriz, em Divinópolis, Minas Gerais e em São Paulo, às 19 horas, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista, e em Campinas, no mesmo horário, em frente à prefeitura.

 

Em Brasília, o movimento se organiza em frente ao Congresso Nacional, a partir das 19 horas. Em Recife, na praça dos Diário (17 horas) e em Macapá, na Praça da Bandeira, às 16 horas. Sarney é eleito pelo Estado do Amapá.

 

No entanto, não há registro de manifestação programada para São Luis, no Maranhão, cidade da família Sarney e quem no governo do Estado a filha do senador, Roseana Sarney (PMDB).

 

O site diz ainda que "aguarda organizadores" interessados em uma manifestação no ABC paulista e que os protestos estão marcados até a "renúncia oficial" de Sarney.

 

 

 

Desgaste

Publicidade

 

Na terça-feira, Sarney viu seu apoio político ser fortemente abalado depois que o Democratas -que o sustentou para presidente-, o PSDB e o PDT cobraram sua licença do cargo até o final das investigações sobre o escândalo dos atos secretos e sobre o suposto beneficiamento irregular de familiares por parte do presidente da Casa. As três legendas somam 32 dos 81 senadores.

 

A ministra-chefe da Casa, Dilma Rousseff, conversou com Sarney na terça-feira pedindo que ele não tomasse uma decisão antes do retorno do presidente Lula.

 

Nesta manhã, Sarney se reuniu com integrantes do PT, PMDB e PTB em sua residência pessoal para analisar a situação. A bancada do PT, que está dividida em relação ao apoio a ele, se reúne nesta tarde para definir que posição vai tomar no caso. A bancada do PMDB divulgou nota na terça reiterando adesão a Sarney.

 

Após o encontro desta manhã, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), disse que seu pai está sendo tratado como bode expiatório na crise do Senado pois os problemas de administração da Casa são de responsabilidade coletiva dos senadores.

 

(Com Reuters)

 

Texto atualizado às 17h10

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.