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Câmeras podem ter filmado execução

Polícia pede imagens feitas no local onde vereador do PSC foi morto

Por Pedro Dantas
Atualização:

A polícia tenta, por meio de imagens das câmeras de vigilância, identificar o carro usado pelos assassinos do vereador Alberto Salles (PSC), morto anteontem após ser atingido por três tiros em seu carro, que foi fechado por outro veículo na Avenida Ayrton Senna, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. As imagens da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio) e de uma empresa particular, cuja câmera focaliza a avenida onde ocorreu o crime, foram solicitadas pelo delegado-titular da 16ª Delegacia de Polícia, Carlos Augusto Nogueira Pinto. Ontem, o delegado disse que não iria falar "para evitar danos à investigação". Apesar de o vereador ter registrado denúncia de ameaças na Polícia Federal no dia 31 de julho contra traficantes da Favela Mundial, na Pavuna (zona norte), durante a última campanha eleitoral, e o fato de seu segurança Marcelo Silva ter sido baleado no mês seguinte, os investigadores apuram se a morte está ligada as outras atividades de Salles, que era sócio da empresa Globo Construções e Terraplenagem. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e a PF confirmaram as denúncias, mas informaram que Salles não requisitou proteção policial. Ontem, após o enterro, os vereadores evitaram especular sobre as possíveis motivações do assassinato. "Precisamos ter cuidado com as pessoas que cercam o mundo político. Às vezes, pensamos que estamos do lado de uma pessoa boa e não estamos", arriscou o vereador Stepan Nercessian (PPS), que criticou a falta de policiamento na cidade. A mãe e a ex-mulher, acompanhada do único filho do político, compareceram ao sepultamento, mas não falaram com os jornalistas.

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