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Câmara recebe pedido de cassação do prefeito de Araçatuba

Por Agencia Estado
Atualização:

A vereadora Clarice Andorfato (PRTB) entrou hoje, na Câmara Municipal de Araçatuba, a 545 quilômetros de São Paulo, com um pedido formal de abertura de processo de impeachment contra o prefeito da cidade, Jorge Maluly Neto (PFL), acusado de aplicar de forma irregular o dinheiro público. Segundo a denúncia, o prefeito autorizou a aplicação financeira de R$ 1,3 milhão do município no Banco do Interior, liqüidado extrajudicialmente em fevereiro deste ano. A aplicação foi feita um mês antes da liqüidação e o dinheiro público permanece retido. De acordo com a vereadora, movimentar o dinheiro público em bancos particulares caracteriza crime de responsabilidade, sendo passível da perda da função pública. A Procuradoria Geral de Justiça do Estado, que também investiga os negócios do prefeito com o banco, apurou que a usina Alcomira, empresa de Maluly Neto na cidade de Mirandópolis, tomou emprestado cerca de R$ 1 milhão do Banco do Interior um dia depois que a prefeitura fez o depósito. O empréstimo não tinha sido pago até o fim de julho. O banco Interior surgiu em 1992 e chegou a ter 12 agências nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. O prefeito empenhara-se pessoalmente para instalar a agência em Araçatuba. Antes da quebra, a instituição financeira foi negociada com o empresário Márcio Pavan, mas o Banco Central impediu a concretização do negócio. Pavan comprou a usina de Maluly Neto. O prefeito alega que o município não teve prejuízo, pois o dinheiro será resgatado. Maluly se dispôs a cobrir com recursos próprios o eventual rombo, caso o banco liquidado não reponha o valor aos cofres. Ele nega que sua empresa tenha emprestado dinheiro do banco depois que a prefeitura fez as aplicações.

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