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Câmara pedirá intervenção na PM baiana

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara pedirá amanhã ao Ministério da Justiça que seja decretada intervenção na Polícia Militar da Bahia. O pedido será feito pelo presidente da comissão, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), e é justificado pela invasão do campus da Universidade Federal da Bahia (Ufba), ontem, por 300 soldados da Tropa de Choque da PM baiana. Pellegrino se reuniu hoje, em Salvador (BA), com um grupo de procuradores da República para discutir a questão. Além de pedir a intervenção, a comissão vai levar ao caso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos (OEA). Pellegrino afirma que a PM será denunciado à OEA "em função das graves violações dos direitos humanos" para reprimir o ato realizado na Ufba. "A intervenção na PM é necessária para cessar a situação de bárbarie que ameaça a democracia, a segurança e a integridade dos cidadãos," lembrou Pellegrino. Ele disse que o governo da Bahia também poderá ser responsabilizado pela invasão ao campus da universidade. O deputado disse que a sociedade não pode mais conviver com arbitrariedades como as ocorridas em Salvador. A PM invadiu o campus da universidade para reprimir a manifestação de cerca de 5 mil estudantes e sindicalistas que pedia a cassação do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), envolvido na violação do painel do Senado da votação que cassou o mandato de Luiz Estevão. O confrontro durou mais de uma hora, deixando 25 pessoas feridas, entre as quais, o vereador Celso Cotrim (PT), que sofreu uma perfuração na perna direita. Estudantes secundaristas também foram atingidos por estilhaços das bombas lançadas contra os manifestantes. Segundo Pellegrino, além da violência, outro fato grave no episódio é que a PM descumpriu uma ordem judicial e invadiu o campus da Ufba para reprimir com violência a manifestação dos estudantes e sindicalistas. "Foi um ato de sadismo", protestou Pellegrino, que defende punição exemplar contra os responsáveis pela violência praticada.

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