
22 de janeiro de 2010 | 11h48
O presidente interino da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado Cabo Patrício (PT), solicitou nesta sexta-feira, 22, através de um ato, que os líderes partidários indiquem os deputados que vão compor a nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a Comissão Especial que deverá analisar os pedidos de impeachment contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido).
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Arruda é acusado em inquérito da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal (PF), de ser o chefe de um suposto esquema de arrecadação de propina entre empresas contratadas pelo governo e distribuição do dinheiro entre os parlamentares da base aliada, que ficou conhecido como "Mensalão do DEM".
Com a publicação do ato nesta sexta-feira, as lideranças partidárias terão até segunda-feira, 25, para apresentar suas indicações. Uma vez escolhidos os membros titulares e suplentes da nova CPI, estes deverão eleger, também no dia 25, o novo presidente e o vice da Comissão.
Nesta quinta-feira, 21, a base aliada de Arruda conseguiu anular a CPI da Corrupção, que havia sido instalada para investigar o suposto esquema de arrecadação de propina. A anulação foi obtida após a decisão do juiz Vinícius Santos, da 7ª Vara de Fazenda do Tribunal de Justiça do DF, que determinou o "imediato afastamento" dos 10 deputados distritais envolvidos no escândalo e o "reconhecimento da invalidade de todo ato deliberativo já praticado, no qual houve a interferência direta e cômputo do voto dos deputados ora afastados". Com a medida, foi possível anular a Comissão e atrasar a avaliação dos pedidos de impeachment contra Arruda.
O deputado Chico Leite (PT) afirmou na quinta-feira, após a anulação da CPI, que os deputados governistas fizeram uma interpretação equivocada da decisão judicial para impedir o depoimento do ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, denunciante do esquema, à comissão - que estava marcado para a próxima terça-feira, 26.
Principal delator do esquema de corrupção envolvendo o governo Arruda, Durval Barbosa está sob guarda do programa de proteção a testemunhas, do ministério da Justiça, e havia prometido fazer revelações que comprometeriam o governador Arruda.
Com informações da Câmara Legislativa do Distrito Federal
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