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Câmara chega à 6ª feira sem ter votado nada na semana

Por Agencia Estado
Atualização:

Foi suspensa, hoje, a sessão do plenário da Câmara em que seria votado requerimento dando poderes ao presidente da Casa para prorrogar, por via administrativa, o prazo de funcionamento de comissões parlamentares de inquérito (CPIs). Hoje, essa prorrogação só pode ocorrer mediante votação de um requerimento pelo plenário. Com isso, a Câmara praticamente encerra a semana sem ter votado nenhuma matéria. O presidente da casa, Aécio Neves (PSDB-MG), não conseguiu seu intento de votar, nesta semana, a proposta de emenda constitucinoal (PEC) que restringe a edição de medidas provisórias. Essa votação foi adiada para o dia 19. A suspensão da sessão de hoje foi motivada pelo fato de que tanto as oposições quanto os partidos governistas entraram em obstrução, embora por motivos diferentes. O deputado José Genoíno (PT-SP) manifestou suspeita de que, com a aprovação do requerimento colocado hoje em votação, o presidente da Câmara obteria poderes exagerados. E os partidos governistas obstruíram, depois de constatar a inexistência de quórum para votação de outras matérias. Banco Central Aécio Neves disse que ainda não há data para votação, pelo plenário da Casa, do projeto de resolução hoje aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que propõe a criação de uma CPI para investigar a suspeita de vazamento de informações pelo Banco Central, por ocasião da mudança do regime cambial, em janeiro de 1999. "Temos um elenco de 27 matérias para apreciar em plenário", ponderou Aécio. "Essa CPI será votada, mas não tem data determinada". O líder do governo na Câmara, deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), disse que o assunto proposto como objeto de ivestigação da CPI "já foi investigado exaustivamente pelo Senado". Ele lembrou, a propósito, que o ex-presidente do Banco Central, Francisco Lopes, chegou a sair preso da CPI dos Bancos. "O episódio de hoje - a aprovação de nova CPI - não tem efeito prático. O único efeito que terá é votar o requerimento no plenário", disse Madeira.

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