Câmara adia para semana que vem reunião sobre cassação de Genoino

Alegação para o adiamento é de que parte dos integrantes da Mesa Diretora, composta por sete deputados, não estará em Brasília; junta médica da Casa deve apresentar novo laudo nesta quarta

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Por Erich Decat
Atualização:

Brasília - Prevista para ocorrer na quinta-feira, 28, a reunião da Mesa Diretora da Câmara em que seria discutido um possível pedido de cassação do mandato do deputado licenciado José Genoino (PT-SP) foi adiada para a próxima terça-feira.

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A alegação para o adiamento é de que parte dos integrantes da Mesa, composta por sete deputados, não estará em Brasília na quinta. Na semana passada, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), havia dado um prazo de duas sessões, que deve se encerrar na quinta, para que a discussão sobre a perda do mandado do petista fosse iniciada pelos integrantes da Mesa.

Condenado no processo do mensalão, Genoino se encontra, atualmente, na residência de uma filha em Brasília onde aguarda uma decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a possibilidade de ele cumprir a pena em regime domiciliar. O petista apresentou no último mês de setembro pedido de aposentadoria por invalidez na Câmara, após ser submetido a uma cirurgia cardíaca no meio do ano.

O laudo feito por médicos da Universidade de Brasília (UnB) a pedido do presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, e divulgado nessa terça, 26, indica que o petista não precisa permanecer em casa para cuidar de sua doença cardíaca. O documento de nove páginas menciona que Genoino é "portador de cardiopatia que não se caracteriza como grave".

A doença, conforme o laudo, pode ser controlada com medicação anti-hipertensiva de forma regular, acompanhamento ambulatorial periódico e dieta.

Na tarde desta quarta-feira, 27, integrantes da junta médica da Casa devem apresentar outro laudo a respeito do pedido do deputado. A tendência é que os servidores, assim como foi feito em setembro, peçam que seja cumprido o prazo de quatro meses para que um parecer conclusivo seja emitido. Esses quatro meses se encerram em meados de janeiro.

Há também a possibilidade de a junta apresentar um laudo a favor de Genoino, que teria direito a uma aposentadoria integral no valor de R$ 27,6 mil. Se isso ocorrer, um possível processo de cassação não deve ser nem iniciado. A terceira possibilidade é que os servidores considerem que o caso do petista não requer que ele seja aposentado.

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