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Calheiros diz ao STF que CPI ampla é a melhor opção

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Por MARIÂNGELA GALLUCCI
Atualização:

Em documentos enviados nesta segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que respeitou o direito das minorias parlamentares ao defender a criação de uma CPI ampla para investigar suspeitas de irregularidades na Petrobras e também em contratos do Metrô de São Paulo, do Porto de Suape e de uma refinaria em Pernambuco.A manifestação de Renan Calheiros havia sido solicitada no final da semana passada pela ministra Rosa Weber, do STF, que terá de decidir nos próximos dias pedidos de parlamentares de oposição e governistas. O primeiro grupo quer uma CPI exclusiva para apurar suspeitas de irregularidades na Petrobras. O segundo grupo é a favor da CPI ampla."Uma vez que no mesmo momento dois grupos de senadores optam por investigar certos fatos, conseguindo assinaturas para instauração de CPIs, e que vários destes fatos são comuns, a reunião de todos estes fatos e a criação de uma CPI mais ampla seria mais serviente do princípio constitucional da eficiência no âmbito do processo legislativo do que a existência de duas CPIs investigando os mesmos fatos, com possível descoordenação entre as investigações, repetição desnecessária de feitos, etc,", afirmou Renan Calheiros.Conforme o presidente do Senado, a reunião de fatos similares para instalação de uma CPI única é mais razoável. Ele disse que essa reunião não diminuiria o escopo investigativo proposto pela minoria. "Assim, estaria garantida a vontade da minoria em ter tais fatos como objeto de investigação", disse. "Os fatos ampliados e desconexos acrescidos causarão graves prejuízos aos trabalhos da CPI inicialmente requerida, na medida em que distorcerá seu objeto de atuação, diminuindo sua capacidade de atingir resultados concretos e profundos sobre matéria apurada", argumentam os oposicionistas.Não há previsão de quando Rosa Weber decidirá os pedidos de liminar feitos pelos senadores de oposição e governistas. Amanhã será o último dia de expediente no STF antes da Páscoa. O tribunal somente voltará a funcionar normalmente no dia 22.

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