Caixa não vai punir funcionários que violaram sigilo do caseiro

A comissão de sindicância da instituição concluiu que os funcionários agiram no cumprimento de ordem de Jorge Mattoso

Por Agencia Estado
Atualização:

A Caixa Econômica Federal não vai punir os funcionários que obedeceram a ordem do ex-presidente da instituição, Jorge Mattoso, para quebrar ilegalmente o sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa. Segundo nota distribuída nesta terça-feira pela assessoria de imprensa da Caixa, a comissão de sindicância concluiu seus trabalhos "pela inexistência" de infração às leis e às normas internas da instituição. De acordo com a nota, a comissão de sindicância instaurada para apurar a violação do sigilo do caseiro tem convicção de que "os funcionários agiram no cumprimento de determinação de superior hierárquico, não considerada ilegal". A nota diz ainda que a comissão não é competente para analisar a conduta de seu ex-presidente. "A análise da conduta do ex-presidente Jorge Mattoso, por não ser empregado da instituição, é de competência da Polícia Federal, que já instaurou inquérito para tal", afirma o documento. Veja a íntegra da nota: "A Comissão de Apuração de Responsabilidade da Caixa Econômica Federal, encarregada de investigar a divulgação de informações protegidas pelo sigilo bancário do cliente Francenildo Santos Costa, concluiu seus trabalhos, apresentando seu relatório final. A análise da conduta do ex-presidente Jorge Mattoso, por não ser empregado da Instituição, é de competência da Polícia Federal, que já instaurou inquérito para tal, e da Controladoria Geral da União (CGU). Registre-se que desde o início dos trabalhos da comissão, no dia 20 de março, a CAIXA vem trabalhando em estreita colaboração com as autoridades policiais. O processo de apuração interna seguiu rigorosamente as normas da Instituição, assegurou ampla defesa aos empregados e o respeito à autonomia e à independência da comissão sindicante. Seu relatório conclusivo será encaminhado no dia de hoje à Polícia Federal, à CGU e à Comissão de Ética da Empresa. A comissão examinou os procedimentos funcionais dos empregados diretamente envolvidos no episódio, concluindo pela inexistência, em seus comportamentos, de infração à lei e às normas internas da CAIXA. Na convicção dos membros da comissão, os empregados agiram no cumprimento de determinação de superior hierárquico, não considerada ilegal. A CAIXA aguardará as conclusões do inquérito que se encontra em andamento na Polícia Federal e a análise do relatório conclusivo pela CGU, para adoção das providências apontadas por essas instituições."

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